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Agro Estudo considera a supersafra de soja e a vacinação como vitais para a recuperação da economia gaúcha

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O RS é beneficiado pela alta das commodities agrícolas

Foto: Mônica Marli/Agência IBGE Notícias
Medida permite a exportação da animais e produtos derivados para o país andino. (Foto: Fernando Dias/Arquivo Seapi)

Após os indicativos de continuidade na processo de recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul nos três primeiros meses deste ano, com alta de 4% em relação ao período anterior, as expectativas para o segundo trimestre levam em conta o impacto da supersafra de soja na economia.

A contribuição da agropecuária (segmento de maior relevância das atividades do campo) puxa as projeções positivas, conforme mencionado pelo Boletim de Conjuntura divulgado nesta terça-feira (29) pelo governo do Estado. Por outro lado, a evolução da pandemia e da vacinação continuam no radar de preocupações de autoridades e empresários, sobretudo no que se refere ao comércio de bens e serviços.

Elaborado pelos pesquisadores Fernando Cruz, Martinho Lazzari, Tomás Torezani e Vanessa Sulzbach, do Dee (Departamento de Economia e Estatística), vinculado à SPGG (Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão), o documento também indica um cenário dúbio para a indústria de transformação, a mais representativa no cenário gaúcho.

Com os dados do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) em recuperação nos meses de abril e maio, após as quedas registradas no primeiro trimestre, o setor agora enfrenta a parada na produção de um importante fabricante de automóveis, em função de problemas na oferta de semicondutores, o que deve limitar o desempenho da atividade nos próximos meses.

“Enquanto a agropecuária promete uma injeção significativa de recursos, os setores do comércio e de serviços ainda transitam num cenário frágil, caracterizado positivamente pela retomada nos pagamentos do auxílio emergencial, mas com a intenção de consumo das famílias ainda em nível negativo”, ressalta Vanessa, coordenadora do estudo.

Cenário internacional

Apesar dos avanços desiguais na atividade econômica no mundo, com maior destaque para as economias dos países desenvolvidos e a China, o avanço dos investimentos e a recuperação do comércio, em especial na Ásia, têm contribuído para a manutenção dos preços das commodities em patamares elevados.

Beneficiado historicamente pela alta das commodities agrícolas, o Rio Grande do Sul pode tirar vantagem do cenário, porém a recuperação levanta desafios relacionados a gargalos de fornecimento e logística, destaca o boletim do DEE/SPGG.

No patamar externo, os riscos de mais ondas da pandemia do coronavírus, decorrentes das novas cepas identificadas, podem colocar em xeque o ritmo de recuperação visto até agora.

Para 2021, a expectativa de órgãos como Banco Mundial, FMI (Fundo Monetário Internacional) e OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é de que a economia global cresça entre 5,6 e 6%, o maior ritmo de recuperação de um período pós-recessão em 80 anos.

Estado e País

Assim como no Rio Grande do Sul, no Brasil a taxa de crescimento do PIB no primeiro trimestre também mostrou recuperação, puxada pelas atividades da agropecuária e da indústria extrativa, as mais demandadas pelo comércio exterior, e o indicador retomou o patamar pré-pandemia.

Mas o boletim do DEE/SPGG registra um próximo período de perspectivas mistas: enquanto nos serviços e no comércio os indicadores mensais seguem apontando para uma recuperação, ainda que lenta, a produção industrial apresentou em abril o terceiro mês de queda consecutiva.

Somado a isso, a alta da inflação oficial (IPCA), que em maio chegou a 8,1% , no acumulado de 12 meses, não deve sair do radar nos próximos meses. “O problema de oferta em alguns setores, com elevação dos preços industriais, o alto preço das commodities e a própria recuperação da atividade econômica, levaram a inflação a um patamar acima da banda superior da meta do Banco Central, que é de 5,25% ao ano”, acrescenta Vanessa.

Quanto ao cenário local, além do desempenho positivo na agropecuária, o Boletim mostra indicativos de desaceleração da indústria, que sofreu com novas restrições sanitárias em função da pandemia no primeiro trimestre, e estabilidade no setor de serviços, impactado pela redução do auxílio emergencial. Apesar do retorno em abril do apoio financeiro às famílias, o setor segue sem retornar aos níveis pré-pandemia.

(Marcello Campos)

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