Quarta-feira, 08 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de novembro de 2015
Ao contrário do que afirmam ecologistas, biólogos e outros especialistas da área ambiental, mesmo sendo atualmente considerado “morto”, o rio Doce “vai ressuscitar” até abril de 2016. Isto é o que afirma Paulo Rosman, professor de Engenharia Costeira da Coppe/UFRJ e autor de um estudo encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente para avaliar os impactos e a extensão da chegada da lama ao mar.
Segundo Rosman, os efeitos da lama no mar serão “desprezíveis”, já que o material se espalhará por no máximo 9 km e que em poucos dias a coloração barrenta deve se dissipar. Para ele, há três cenários de gravidade do desastre e de velocidade de recuperação:
No alto, onde a barragem se rompeu, deve durar mais de um ano e dependerá de operações de limpeza dos escombros e de um programa de reflorestamento. Para ele, a sociedade e os governos mineiro e federal precisam cobrar de Vale e BHP Hillington, donas da Samarco, o processo de reflorestamento e reconstrução ambiental, de custo “insignificante” para as empresas.
Na maior parte do percurso do rio Doce, afirma Rosman, as próprias chuvas devem limpar os estragos e os peixes devem voltar ao rio no período de cinco meses. No mar, a diluição dos sedimentos deve ocorrer de forma mais rápida – até janeiro do próximo ano.