Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 25 de junho de 2020
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (25), que não pretende interferir nas disputas eleitorais por prefeituras neste ano. “Eu tô fora das eleições municipais”, disse o presidente a um apoiador em frente ao Palácio da Alvorada. O homem procurou Bolsonaro dizendo ser evangélico e que gostaria de conversar sobre “política”.
Após ouvir a recusa de Bolsonaro de discutir as eleições municipais, o apoiador insistiu ao dizer que se referira a 2022, mas ouviu outra recusa do presidente, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. “Ah, é 22? Aí eu não posso, todo mundo aqui é servidor público. Não posso falar de política com eles, tá certo? Só depois do expediente. Aí tem que ter algum voluntário aí”, respondeu o presidente.
Fora do PSL, partido pelo qual se elegeu em 2018, Bolsonaro não conseguiu tirar do papel o seu Aliança pelo Brasil a tempo de ter candidatos nas disputas deste ano. A sigla, fundada em novembro pelo presidente, ainda não reuniu assinaturas necessárias para obter o registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Adiamento
Uma proposta para adiar a eleição de outubro para novembro por causa da pandemia do novo coronavírus está em discussão no Congresso Nacional. O adiamento já foi aprovado no Senado, mas ainda precisa passar pelo aval da Câmara dos Deputados.
Na terça-feira (23), o Plenário do Senado aprovou em votação remota o adiamento para os dias 15 e 29 de novembro, do primeiro e do segundo turnos, respectivamente, das eleições municipais deste ano.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a defender o adiamento das eleições municipais deste ano, previstas para outubro, em razão da pandemia de Covid-19, mas afirmou que ainda não há votos na Câmara para aprovar a matéria.
Maia considera legítimo que os parlamentares defendam a manutenção da data das eleições, mas criticou os prefeitos que pressionam os deputados a não alterarem a data.
Segundo ele, prefeitos querem recursos para combater a pandemia, mas não querem adiar as eleições em razão da crise sanitária. “É interessante a pressão de prefeitos por recursos porque a pandemia atinge os municípios com alto número de infectados, a economia caindo e ao mesmo tempo, uma pressão pelo não adiamento. Se não precisa adiar a eleição, é porque não tem mais crise nos municípios”, afirmou.
Maia diz estar dialogando com os líderes para avançar na proposta de adiamento das eleições. “A eleição não pode estar à frente de salvar vidas e proteger as famílias brasileiras”, defendeu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Agência Câmara de Notícias.