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Mundo Eurogrupo não chega a acordo; 28 chefes de Estado decidirão futuro da Grécia

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Grécia tem até quarta-feira para aprovar leis para que avancem as negociações sobre ajuda. (Foto: Aris messinis/AFP)

Terminou sem acordo a reunião desse domingo dos ministros da Fazenda dos 19 países que integram a zona do euro sobre a concessão de um terceiro pacote de ajuda à Grécia. Sem consenso, os ministros deixaram a cargo do encontro entre os chefes de Estado e governo do Eurogrupo a decisão sobre o futuro grego. Outra cúpula, com representantes dos 28 países membros da União Europeia, estava agendada para o mesmo dia, no entanto, foi cancelada.

Os ministros deram à Grécia prazo até quarta-feira para aprovar novas leis como condição para que avancem as negociações sobre o pacote de ajuda, explicou o ministro de Finanças da Finlândia, Alexander Stubb. Ao descrever a proposta, ele disse a repórteres que o acordo tem “condicionantes bastante amplas”. “São três pontos: número um, a Grécia precisa implementar leis até 15 de julho. Número dois, condições mais duras, por exemplo, em reformas trabalhistas, aposentadorias, impostos e taxas. E número três, medidas bastante duras também para privatizações e fundos de privatizações”, afirmou. “E para nós o mais importante é que todo este pacote precisa ser aprovado pelo governo grego e pelo parlamento grego, e então vamos dar uma olhada”, completou Stubb.

O resultado das conversas prévias foi levado à mesa de negociações dos líderes. Em sua chegada à cúpula da zona do euro, a poucos metros de onde se reuniram os ministros de Finanças, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, também disse que “houve avanços”, mas que “ainda restam assuntos importantes a serem resolvidos”. “Agora informarei aos líderes sobre como estão as negociações para que possam estudar como chegar a um acordo”, afirmou.

Ao término da reunião do Eurogrupo, o ministro de Finanças da Grécia, Euclidis Tsakalotos, que não se pronunciou sobre a negociação nos dois dias em que acontece em Bruxelas (Bélgica), foi até o Conselho Europeu para se juntar à delegação liderada pelo primeiro-ministro grego Alexis Tsipras. “Haverá um acordo esta noite se todas as partes quiserem”, disse Tsipras ao chegar à cúpula de domingo.

O presidente da França, François Hollande, afirmou que seu país “fará todo o possível” para evitar que a Grécia fique fora da zona do euro e pediu aos demais países que, ao tomarem a decisão, avaliem o interesse comum da Europa. Já a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, chamou a atenção sobre a “perda de confiança” na zona do euro e disse que “não haverá um acordo a qualquer preço”. O país, que é o principal credor grego, chegou a pedir a saída da Grécia da zona do euro por um período de cinco anos.

O primeiro-ministro da Itália, Mateo Renzi, reconheceu que a situação é “complicada”, mas destacou que a distância entre as duas partes em relação ao ponto de partida “diminuiu”. “É importante encontrar um acordo. A Itália vai fazer todo o possível para isso. Não podemos ficar sem a confiança dos cidadãos”, afirmou Renzi.

Auxílio ou suspensão

Os termos do documento entregue aos chefes de Estado não foi divulgado. No entanto, o texto apresenta uma longa série de condições para que a Grécia receba ajuda, a maioria aparentemente aceita pelo país, conforme a agência de notícias Reuters.

O documento, ainda de acordo com a Reuters, também apresenta duas possíveis conclusões: em uma, a ajuda para a Grécia é aprovada. A outra afirma que, se um acordo não for fechado, deve ser oferecida ao país uma negociação rápida para um “afastamento” da zona do euro, com possível reestruturação da dívida.

Caso

A Grécia enfrenta uma forte crise econômica por ter gastado mais do que podia. Essa dívida foi financiada por empréstimos do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do resto da Europa. Em 30 de junho, venceu uma parcela de 1,6 bilhão de euros da dívida com o FMI. O país entrou em “default” – situação de calote –, o que pode resultar na sua saída da zona do euro. Porém, não existe um mecanismo de “expulsão” de um país da zona. Esse é um processo demorado. No país, em decorrência da gravidade da crise, bancos estão fechados para evitar que a população saque o que tem e cause a quebra das instituições.

A Grécia está dependendo de recursos da Europa para manter sua economia funcionando. No dia 5, os gregos foram às urnas, em um plebiscito, para decidir se concordam com as condições europeias para o empréstimo e decidiram pelo “não”.

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https://www.osul.com.br/eurogrupo-nao-chega-a-acordo-28-chefes-de-estado-decidirao-futuro-da-grecia/ Eurogrupo não chega a acordo; 28 chefes de Estado decidirão futuro da Grécia 2015-07-12
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