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Brasil Ex-advogado de Antonio Palocci deixa a defesa de Lula em casos ligados ao ex-ministro

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Batochio foi advogado do ex-ministro na Operação Lava-Jato. (Foto: Reprodução)

O advogado criminalista José Roberto Batochio deixou, nesta segunda-feira (11), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em casos que envolvem o ex-ministro Antônio Palocci. Batochio foi advogado do ex-ministro na Operação Lava-Jato, mas deixou o cargo em maio deste ano, depois da decisão de Palocci de negociar uma delação premiada.

O advogado deixou os casos que envolvem Lula e Palocci dias depois de o ex-ministro, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, acusar o ex-presidente de saber de um “pacto de sangue” que resultou no pagamento de 300 milhões de reais em propina da Odebrecht para o PT. De acordo com o também Guilherme Batochio, filho e sócio de José Roberto Batochio, a decisão de deixar esses processos foi tomada por questões éticas.

“Palocci foi nosso cliente por mais de 10 anos. Pela relação cliente e advogado, não achamos correto. Como poderíamos confrontar uma pessoa que defendemos? Eticamente não seria recomendado”, explicou ele.

Nesta quarta-feira (13), Lula volta a prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro no processo que apura se a Odebrecht pagou propina ao ex-presidente por meio da compra de um imóvel destinado a abrigar a sede do Instituto Lula, em São Paulo. O juiz optou por ouvir o ex-presidente novamente após Palocci, em depoimento na última quarta-feira, acusar Lula de saber da existência de propina da Odebrecht para o PT e de receber parte do valor.

O depoimento do ex-ministro da Fazenda ao juiz Moro reforça delações de executivos da Odebrecht que citam o ex-presidente Lula em ao menos três pontos-chave: a reforma do sítio de Atibaia, a compra de terreno para uma nova sede do Instituto Lula e o repasse de 4 milhões de reais para a entidade. Há casos, porém, em que as versões de Palocci e da Odebrecht têm pontos dúbios, como o das palestras do petista e o do conhecimento de Lula sobre uma conta de 300 milhões de reais da empresa com o PT.

Pacto de sangue

“Quando a presidente Dilma foi tomar posse, a empresa entrou num certo pânico. E foi nesse momento que o doutor Emílio Odebrecht fez uma espécie de pacto de sangue com o presidente Lula”, disse Palocci, citando o presidente do Conselho de Administração do Grupo Odebrecht. Segundo o ex-ministro, Emílio levou a Lula, no fim do mandato, um “pacote de propinas”.

O pacote envolveria um terreno para o Instituto Lula –o imóvel é um dos assuntos do processo no qual Palocci depôs hoje–; um sítio em Atibaia (SP) para uso da família de Lula; e R$ 300 milhões à disposição do ex-presidente “para o próximo período, para as atividades políticas dele” –uma “conta corrente” do PT com a Odebrecht.

“Eu fiquei bastante chocado com esse momento, porque eu achei que não era assim que era o relacionamento da empresa naquele… Eu não estava presente. Por que eu sei disso? Porque no dia seguinte de manhã, o presidente Lula me chama no Palácio da Alvorada e me conta a reunião”, afirmou Palocci.

Segundo Palocci, o ex-presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, disse que Emílio optou por uma relação “mais explícita e mais objetiva” na transição dos governos Lula e Dilma por temer que a presidente pudesse ter um “comportamento evasivo” em relação às demandas da empresa.

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