Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de fevereiro de 2023
A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou à Justiça Federal do Distrito Federal o primeiro pedido de condenação de 54 pessoas físicas, três empresas, além de uma associação e um sindicato, acusados de financiar o fretamento de ônibus para os atos que depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. Na lista dos nomes apontados como responsáveis constam ex-candidatos e empresários. O órgão quer que os envolvidos paguem R$ 20,7 milhões à União.
Nelson Eufrosino, conhecido como “Nelsinho Chapeiro” é mais um dos nomes na lista de suspeitos. Ele aparece em imagens que circulam nas redes, em que pede para ser filmado depredando o prédio do Congresso Nacional. Já Jorge Rodrigues Cunha constava como um dos primeiros presos após os atos extremistas, ainda na semana após o acontecimento. Veja abaixo alguns dos nomes envolvidos.
– Adailton Gomes Vidal: Dono da empresa Vidal Transportes, de Pinhais (PR), tem 48 anos e recebeu pagamentos do Auxílio Emergencial.
– Ademir Luis Graeff: Aos 47 anos, é dono de empresa de comércio varejista na cidade de Missal (PR). Seu nome foi associado à empresa de turismo Transgiro, em viagem de Marechal Cândido Rondon (PR) para Brasília no domingo. Graeff afirma não saber como o nome foi parar na lista de financiadores, conta que fez uma excursão com a Transgiro há mais de dez anos e que é contra os atos antidemocráticos do dia 8.
– Adoilto Fernandes Coronel: Dono da Madeportas, empresa de materiais de construção do Mato Grosso do Sul, aos 50 anos, consta como financiador de uma viagem de Maracaju (MS) que transportou 56 pessoas para Brasília.
– Alethea Verusca Soares: Aos 48 anos, teria fretado um ônibus de São José dos Campos (SP) dois dias antes do ataque extremista. Ela foi presa pela Polícia Civil do DF por envolvimento na invasão às sedes dos Três Poderes. Antes, ela publicou nas redes vídeos e fotos participando dos acampamentos no Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica (DCTA) de São José dos Campos.
– Josiany Duque Gomes Simas: Foi responsável, segundo a AGU, pelo fretamento de um ônibus no dia 6 de janeiro de Cuiabá para Brasília. A pedagoga tentou se eleger deputada federal nas últimas duas eleições por seu estado. Em 2022, pelo Patriota, recebeu R$ 325 mil repassados pela direção nacional do partido para sua campanha, que não foi vitoriosa. Ela não se elegeu e teve apenas 622 votos no pleito. Nas redes, Josiany se apresenta como “pró armas”.
– Marcia Regina Rodrigues: De Ribeirão Preto (SP), atuou como cabo eleitoral de Isaac Dalcol Antunes (PL), candidato a deputado federal por São Paulo. Recebeu R$ 5 mil para atividades de mobilização do candidato na última eleição.
– Stefanus Alexssandro Franca Nogueira: Stefanus Alexssandro Franca Nogueira foi candidato a vereador na cidade paranaense de Ponta Grossa, nas eleições de 2016.
– Marlon Diego de Oliveira: Marlon Diego de Oliveira foi candidato a vereador na cidade de Tupã (SP) em 2020, pelo PP. Em fevereiro de 2022, a prefeitura ingressou com uma ação contra a empresa em que ele é sócio por loteamento irregular de imóveis e riscos ao meio ambiente. É suspeito de ter fretado um ônibus saindo de Presidente Prudente no dia 6 de janeiro. As informações são do jornal O Globo.