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Política Ex-chefe da Abin no governo Bolsonaro se contradiz no Supremo ao dizer que seus próprios posts golpistas não refletem seus pensamentos

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Ramagem é um dos oito réus do "núcleo crucial" da suposta trama para impedir a posse de Lula em 2022.

Foto: Ton Molina/STF
Ramagem é um dos oito réus do "núcleo crucial" da suposta trama para impedir a posse de Lula em 2022. (Foto: Ton Molina/STF)

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), prestou depoimento na segunda-feira (9) ao Supremo Tribunal Federal (STF) e adotou uma linha de defesa no mínimo inusitada. Ramagem alegou que suas próprias postagens nas redes sociais, que questionavam a lisura das urnas eletrônicas, não representavam seu pensamento.

“Houve duas publicações minhas no Twitter que difere do meu pensamento sobre as urnas”, declarou.

“No meu particular, quando eu coloco um ataque, é uma forma de argumentar. Mas isso não quer dizer que eu tenho passado, encaminhado esses documentos”, prosseguiu.

Ele ainda negou que a Abin tenha buscado algum indício que comprovava fraude nas eleições de 2022.

“Não, isso eram documentos privados. Eram anotações privadas. Era um documento extenso. A Abin fez trabalhos verificando o que tinha conhecimento”, respondeu Ramagem ao ministro da Corte e relator do caso, Alexandre de Moraes.

Moraes havia questionado anteriormente se o deputado teria encontrado algum indício de que as eleições de 2022 teriam sido fraudadas, ao que ele negou: “Não. O que eu quero colocar é que eu estava construindo uma mensagem.”

não encaminhou ao ex-presidente Jair Bolsonaro dois documentos feitos por ele com questionamentos às urnas eletrônicas. Os textos eram escritos direcionados a Bolsonaro, mas Ramagem alegou que era uma forma de “concatenar as ideias”.

“Ela se direciona (a Bolsonaro) porque a forma de concatenar as ideias é sempre uma questão de diálogo. Isso não quer dizer que eu enviei a ele ou conversei com ele”, disse Ramagem. De acordo com o parlamentar, eram “documentos pessoais”, com “opiniões privadas”.

O relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, questionou Ramagem sobre dois documentos eletrônicos que foram encontrados com ele. Um dos arquivos era chamado de “Presidente TSE informa.docx” e tinha vários argumentos contra as urnas. O outro foi chamado “Bom dia Presidente.docx” e falava sobre a criação de um grupo técnico para avaliar as urnas eletrônicas.

Segundo o ex-chefe da Abin, o sistema de espionagem Firstmile, citado pela Polícia Federal (PF), já não era mais utilizado pela agência desde 2021. “É mais uma indução a erro do juízo pela Polícia Federal”, acusou.

O parlamentar ainda alegou que, após a rejeição da PEC do voto impresso pela Câmara em 2021, não voltou a tratar do tema nem em público nem em suas anotações. “Depois dessa votação, não há mais nenhuma anotação privada, discussão pública, não há.”

Ramagem é um dos oito réus do “núcleo crucial” da suposta trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a eleição de 2022. Os depoimentos desta fase do processo, são conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes. Com informações da CNN Brasil e Revista Fórum.

 

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