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Política Ex-gerente da Petrobras devolveu 188 mil dólares

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Desde junho do ano passado, os reajustes dos preços dos combustíveis passaram a ser mais frequentes. (Foto: Divulgação)

O ex-gerente da Área Internacional da Petrobras, Demarco Jorge Epifânio, entregou ao juiz federal Sérgio Moro comprovantes de que tirou US$ 188 mil do banco Credicorp, no Panamá, e depositou em conta Judicial. O valor é parte do US$ 1 milhão que o ex-agente público assumiu ter recebido em propinas em esquemas na estatal. Ele chegou a viajar, com autorização da Justiça, para encerrar a conta no paraíso fiscal.

Epifânio é acusado de receber propinas no âmbito da contratação do navio-sonda Petrobras 10.000 do estaleiro coreano Samsung ao custo de US$ 586 milhões entre 2006 e 2008. No mesmo contrato e também nos negócios envolvendo o Vitória 10.000, o Ministério Público Federal denunciou Jorge Luz e Bruno Luz, apontados como operadores do PMDB, que admitiram ter intermediado propinas de R$ 11,5 milhões os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e ao deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE).

Em depoimento a Moro o ex-gerente da área Internacional da petrolífera negou ter participado das tratativas que levaram à “aprovação do negócio” e disse ter liderado a equipe responsável por ‘transformar a carta de intenção “que havia sido assinada com o Estaleiro Samsung, num contrato, e um memorando de entendimento assinado com a empresa Mitsue”.

Após o trabalho, ele diz ter sido chamado por Luis Carlos Moreira, também da área Internacional da Petrobras, que teria oferecido US$ 1 milhão como uma espécie de “prêmio”.

“Eu falei: ‘Como assim, prêmio, o trabalho está feito’”, e ele falou: ‘Não, você vai ganhar um prêmio, e você tem alguma conta fora?’. Eu disse: ‘laro, Moreira, eu estou morando na Inglaterra, eu tenho minha conta do HSBC, minha conta salário’, ‘Não, não, não, tem que ser uma conta offshore’. Ele me sugeriu então, me indicou a conta no Banco Clariden Leu lá na Suíça. Eu fui à Suíça então por orientação dele para encontrar com a gerente, que ele já havia entrado em contato para me receber, e me ofereceu o valor de 1 milhão de dólares por esse trabalho que eu havia feito. Desses momentos da vida, Excelência, que a gente fica diante de circunstâncias, e sucumbi à oportunidade, talvez fiquei cego por aquilo que estava sendo me oferecido”, relatou.

Epifânio afirmou a Moro que foi informado de que os valores eram referentes à comissão do lobista da Mitsue, Julio Camargo, que também é delator na Lava-Jato.

O ex-gerente ainda afirmou que inicialmente os valores foram internados em uma conta na Suíça, e, depois, tudo foi repassado para a conta da offshore no Panamá, titular da conta Quantica Investiments, no Credicorp Bank. Ele ainda atribuiu ao seu divórcio e a investimentos o atual saldo de US$ 162 mil remanescentes no exterior, inferiores aos US$ 1 milhão que recebeu de propinas. Para evitar deixar vestígios de que o dinheiro veio da Suíça, Epifânio ainda alegou ter fechado a Quantica e aberto outra conta no mesmo banco para transferir os valores.

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