Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de março de 2019
Ao ser interrogado nesta terça-feira (26), o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, admitiu que recebia propina da cervejaria Itaipava. Ele foi interrogado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que cuida dos desdobramentos da Lava Jato no estado. Cabral, desde que trocou de advogado, está adotando outra postura, admitindo fatos que antes negava.
No interrogatório, o ex-governador afirmou que o proprietário do Grupo Petrópolis, Walter Faria, fabricante da cervejaria, é integrante do esquema de propina. ““A [cerveja] Itaipava, o Grupo Petrópolis, tinha propina. Houve ajuda em campanha eleitoral. E, de fato, havia esse recurso”, disse Cabral, insinuando que teria mais informações sobre isso, caso o Ministério Público Federal (MPF) tenha interesse em ouvi-lo.
No final do ano passado, o operador financeiro de Cabral, Carlos Miranda, disse que o Grupo Petrópolis pagava mesada de R$ 500 mil ao grupo do ex-governador, com objetivo de obter facilidades tributárias. Cabral ainda foi questionado por Bretas sobre o recebimento de propina por parte da rede de supermercados Prezunic, que depois acabou sendo comprada por um grupo chileno. Porém, Cabral negou que tenha recebido propina.