Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Flavio Pereira | 1 de abril de 2022
O ex-ministro do STF, Marco Aurélio, aposentado do Supremo Tribunal Federal desde o ano passado, não deixou por menos e criticou duramente o ex-colega Alexandre de Moraes pela condução dos processos contra o deputado bolsonarista Daniel Silveira. Foi em entrevista à Rede Bandeirantes. Marco Aurélio chegou a dizer que “Eu temo muito pelas próximas eleições. Porque ele – Alexandre de Moraes – vai presidir o TSE.”
Recorde-se que a pedido da Procuradoria Geral da República, Alexandre de Moraes ordenou que Silveira voltasse a usar tornozeleira eletrônica. A ordem acabou cumprida ontem à tarde, depois que o ministro mandou bloquear as contas do deputado e fixou multa de R$ 15 mil por dia de descumprimento. A crítica do ministro Marco Aurélio:
“Eu não vejo qual é o objetivo. (…) Eu vejo algo até mesmo humilhante, um deputado federal ter que usar uma tornozeleira”, disse Marco Aurélio em entrevista à BandNews.
Marco Aurélio também criticou o famoso inquérito das fake news, um monstrengo jurídico que não para em pé, aberto de ofício por Dias Toffoli para investigar ofensas e ameaças ao Supremo e que tem Daniel Silveira como um dos investigados:
“Isso não se harmoniza com ares democráticos. Um inquérito que começou errado tende a terminar mal. (…) Não se levou o inquérito [nem] sequer à distribuição. E o relator [Moraes] aceitou essa designação para assumir o papel, e eu digo com desassombro, de verdadeiro xerife.”
Uma jogada de mestre de João Doria
Ao ameaçar com a desistência da renúncia ao governo de São Paulo, o que implodiria o PSDB, o governador João Doria conseguiu um compromisso por escrito da direção tucana, garantindo que ele será o candidato do partido à presidência da República. Com isso, Dória confirmou a renúncia ao governo do Estado de São Paulo para disputar a presidência da República.
No Rio Grande do Sul, Leite renunciou
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, confirmou sua renúncia e transmitiu o cargo ao vice-governador Ranolfo Vieira Junior, que tomou posse na Assembleia Legislativa. Com a renúncia, e diante do fato novo que fortaleceu João Dória como pré-candidato tucano à presidência da República, restam apenas dois caminhos a Eduardo Leite se quiser participar na disputa majoritária das eleições:
— Concorrer ao Senado, quebrando um acordo com a ex-senadora Ana Amélia, que filiou-se ao PSD.
— Desfiliar-se hoje do PSDB e disputar a presidência da República por outro partido.
Jair Bolsonaro presidente, Onyx Lorenzoni governador e Hamilton Mourão senador
Em reunião realizada em Brasília, o partido Republicanos selou acordo com o PL para formar uma aliança de apoio no Rio Grande do Sul às pré-candidaturas de Jair Bolsonaro à presidência da Republica, Onyx Lorenzoni para governador e Hamilton Mourão para Senador. O acordo foi confirmado no encontro que reuniu os presidentes nacionais do PL, Valdemar Costa Neto e Marcos Pereira, do Republicanos, e os presidentes estaduais dos dois partidos, Onyx Lorenzoni e Carlos Gomes, e o vice-presidente da República Hamilton Mourão.
O próximo passo, anunciaram os dirigentes dos dois partidos, será levar esta deliberação às convenções que deverão confirmar a aliança PL/Republicanos e o apoio à chapa que terá Jair Bolsoanro presidente da República, Onyx Lorenzoni para governador do Rio Grande do Sul e Hamilton Mourão disputando a cadeira ao senado.
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