Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil Ex-petistas são 39% do primeiro escalão do governo Bolsonaro

Compartilhe esta notícia:

Na prática, Rogério Marinho e Tarcísio Freitas (E, ao lado de Bolsonaro) tocam a tarefa do ministro da Secretaria de Governo, general Ramos. (Foto: Rafael Carvalho/PR)

Nem todos os homens de confiança dos governos do PT incomodam o presidente Jair Bolsonaro. Funcionários públicos que estiveram no círculo de poder de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff hoje recebem afagos de Bolsonaro. Pelo menos 71 dos 180 integrantes (39%) do primeiro e do segundo escalão, a cúpula da administração federal, estiveram em postos importantes das gestões petistas.

Entre os que sobreviveram ao discurso de “despetizar” o Brasil estão servidores muito próximos de Bolsonaro, como os ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União).

A resistência de Bolsonaro aos quadros petistas ficou evidente no mês passado, quando avisou ao então presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Joaquim Levy, que o subordinado estava com a cabeça a prêmio caso não demitisse o então diretor de Mercado de Capitais do banco, Marcos Barbosa Pinto.

Tanto Levy quanto Pinto ocuparam cargos influentes nos mandatos dos petistas. “Levy já vem há algum tempo não sendo leal a aquilo que foi combinado, ele está com a cabeça a prêmio já há algum tempo”, disse Bolsonaro. No dia seguinte, o ex-ministro da Fazenda de Dilma anunciou sua demissão.

Um “ex-petista” é um dos ministros mais prestigiados por Bolsonaro. Tarcísio de Freitas, que comanda a pasta da Infraestrutura, foi diretor executivo e diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) durante o primeiro mandato de Dilma. Freitas ganhou destaque pelo avanço com as concessões e tem sido elogiado inclusive por líderes do Congresso.

Ao seu lado, a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias, Natália Marcassa, é outra sobrevivente de gestões anteriores. Um dos principais nomes à frente dos planos de concessão, Natália foi secretária executiva no Ministério dos Transportes no governo Dilma.

“Isso é absolutamente normal e desejável. A linha de governo muda, a diretriz também, mas tem gente que sabe lidar com a máquina, sabe a história dos Poderes. As pessoas têm condição de operar isso e promover mudanças. [Cortar todos os servidores técnicos que passaram por outros governos] não funciona. Não existe [isso], não teria a menor possibilidade de ser assim”, disse o ministro Freitas.

Ele afirmou que seu ministério, que tem quatro secretários que atuaram em cargos de confiança em gestões petistas, é formado por profissionais técnicos que estão fazendo “um excelente papel” e que estão alinhados com a pauta do governo.

De acordo com Freitas, Bolsonaro não questionou sua passagem pelo governo Dilma quando o convidou. “Ele [Bolsonaro] tinha a percepção dos problemas de infraestrutura do País. Complementei com a minha visão. Debatemos sobre isso e eu coloquei um plano de ação na mesa. O presidente não fez nenhum questionamento sobre trabalhar no governo do PT.”

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Nesta terça comemora-se os 50 anos da decolagem da nave que permitiu a chegada de um homem na Lua pela primeira vez
O Brasil tem a terceira maior desindustrialização entre 30 países desde 1970
https://www.osul.com.br/ex-petistas-sao-39-do-primeiro-escalao-do-governo-bolsonaro/ Ex-petistas são 39% do primeiro escalão do governo Bolsonaro 2019-07-15
Deixe seu comentário
Pode te interessar