Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de setembro de 2015
O economista Demian Fiocca, que presidiu o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de 2006 a 2007, depôs nessa quarta-feira à CPI montada pela Câmara dos Deputados, que investiga supostas irregularidades em empréstimos da instituição. O depoente negou as acusações de corrupção e tráfico de influência, afirmando que a política de financiamentos do órgão sempre foi impessoal e republicana.
Parlamentares de oposição, como o deputado João Gualberto (PSDB-PA), procuraram associar ao BNDES denúncias ligadas aos escândalos do mensalão e da Petrobras, sobretudo diante de financiamentos que a instituição fez a empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato, do MPF (Ministério Público Federal) e da PF (Polícia Federal).
Gualberto observou que existe um sentimento generalizado na população brasileira de que a corrupção no BNDES é até maior do que na Petrobras. O parlamentar comentou que há no órgão um tráfico de influência muito forte de figuras como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel; e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, atualmente preso por envolvimento em propinas na petroleira.
INJUSTIÇA
Fiocca, que sucedeu Guido Mantega na instituição, (mais tarde ministro da Fazenda e do Planejamento), no comando do BNDES, rebateu os argumentos do deputado. “Não houve nenhuma tratativa inadequada com ninguém do governo federal no período no qual estive no órgão para de favorecer empresas”, declarou. O economista afirmou que considera absolutamente injusto e equivocado se alguém, na sociedade, procura associar corrupção ao banco. (ABr)