Brasil Exame toxicológico aponta que cacique Emyra Waiãpi, morto em julho, não usou drogas
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2019
Peritos da Polícia Técnica do Amapá (Politec-AP) realizaram um exame toxicológico no corpo do cacique Emyra Waiãpi, morto em julho deste ano, que aponta que o indígena não consumiu substâncias psicoativas como maconha, cocaína, anfetamina, entre outras. Porém, não há no laudo se Emyra ingeriu álcool.
Conforme o diretor da Politec, Salatiel Guimarães, o corpo do indígena foi exumado cerca de dez dias após ter sido enterrado. Devido ao período de tempo, qualquer resquício da ingestão de álcool já havia sumido. Guimarães falou ainda que acredita que o cacique tenha se afogado, assim como apresenta o resultado preliminar do exame necroscópico, que foi divulgado em agosto.
“O corpo tinha algumas lesões. Uma próxima à orelha, outra na região da virilha, mas nenhum destes ferimentos era fatal. Eram todos superficiais e não há como precisar sua natureza, já que, além do afogamento, o corpo foi transportado e sepultado”, revelou Guimarães.
A Polícia Federal (PF), responsável por investigar o caso, disse que Emyra Waiãpi morreu entre os dias 21 e 23 de julho deste ano. Já no início de agosto, indígenas e entidades indigenistas fizeram uma denúncia às autoridades públicas dizendo que homens armados teriam invadido a Terra Indígena e teriam matado de forma violenta o cacique.
Após a denúncia, a Fundação Nacional do Índio (Funai) mandou uma equipe para o local. Além disso, equipes da Polícia Federal (PF) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar do Amapá, também se deslocaram para a Terra Indígena para investigar o caso, mas não encontraram nada suspeito. A Procuradoria do Ministério Público Federal (MPF) no Amapá instaurou uma investigação criminal para apurar a denúncia.
