Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de agosto de 2019
Após a Polícia Federal (PF) divulgar uma nota, na última sexta-feira (16), informando que o resultado preliminar do exame necroscópico do cacique Emyra Waiãpi não registrava nenhum ferimento, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) questionou a conclusão dos peritos da Polícia Técnica do Amapá. De acordo com o laudo, a causa da morte do cacique seria afogamento.
A entidade pede que as investigações sejam realizadas de maneira séria e responsável para que seja evitado mais derramamento de sangue. O cacique foi encontrado morto no dia 23 de julho, na Terra Indígena Waiãpi, no oeste do Amapá. Ainda no final do mês passado, índios denunciaram às autoridades públicas que garimpeiros invadiram a terra indígena e que o cacique foi morto durante a invasão. O Conselho das Aldeias Waiãpi-Apina, que é composto por líderes de todas as aldeias da terra indígena, afirmou que o cacique havia sido morto de forma violenta.
A Polícia Federal aguarda o laudo complementar toxicológico, que deve ficar pronto no próximo mês. De acordo com a Apib, as informações veiculadas pela Polícia Federal contradizem os testemunhos dos índios sobre a região ter sido invadida por homens armados.