Sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2025
 
				Além dos benefícios psicológicos, a atividade física favorece a autonomia e a autoconfiança.
Foto: ShutterstockA prática regular de atividades físicas tem se mostrado uma das ferramentas mais eficazes na promoção da saúde mental e emocional de idosos. Estudos recentes indicam que o exercício é capaz de reduzir sintomas de depressão, ansiedade e solidão, ao mesmo tempo em que melhora a autoestima e a qualidade de vida dessa população.
O envelhecimento é um processo natural que traz mudanças físicas, hormonais e sociais. Com o tempo, a perda de força muscular, a redução da mobilidade e o afastamento de atividades sociais podem contribuir para o isolamento e o desânimo. Nesse cenário, o exercício atua como um verdadeiro antidepressivo natural, estimulando a liberação de endorfina, dopamina e serotonina — neurotransmissores ligados à sensação de prazer e bem-estar.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% das pessoas com mais de 60 anos sofrem de algum tipo de transtorno mental, sendo a depressão uma das condições mais comuns. A prática de exercícios aeróbicos, como caminhada, natação ou ciclismo leve, por exemplo, mostrou reduzir significativamente os sintomas depressivos em idosos, especialmente quando realizada de forma supervisionada e constante.
Além dos benefícios psicológicos, a atividade física favorece a autonomia e a autoconfiança. O simples fato de o idoso perceber avanços no equilíbrio, na flexibilidade e na resistência contribui diretamente para uma autoimagem mais positiva. Grupos de ginástica, hidroginástica e dança também promovem socialização, fator essencial para combater o isolamento e fortalecer vínculos afetivos.
Especialistas recomendam que a prática seja adaptada às condições individuais e acompanhada por profissionais de saúde. Iniciar com sessões leves e aumentar gradualmente a intensidade é a forma mais segura de obter resultados duradouros. Exercícios de força, por exemplo, ajudam na prevenção de quedas e osteoporose, enquanto atividades ao ar livre favorecem a exposição solar e a produção de vitamina D.
Mais do que uma questão de corpo, o movimento é uma forma de cuidado com a mente. Manter-se ativo é um gesto de autoestima e independência, que devolve ao idoso o prazer de viver com energia, propósito e alegria.