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Política Exoneração de indicados por políticos do Centrão pode dar mais poder ao presidente da Câmara dos Deputados

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Motta sempre reclamou não ter sob o seu controle as ferramentas para ter o comando efetivo da Câmara.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Motta sempre reclamou não ter sob o seu controle as ferramentas para ter o comando efetivo da Câmara. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A exoneração de indicados do Centrão pelo governo Lula (PT) após a derrota na votação da Medida Provisória (MP) que aumentava tributos não está desagradando todos os integrantes do bloco.

Quem deve estar gargalhando por dentro (com todo respeito, é lógico) com essa espécie de Comando de Caça ao Centrão é o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Motta sempre reclamou não ter sob o seu controle as ferramentas para ter o comando efetivo da Câmara. Isso porque a distribuição dos cargos entre os partidos do Centrão no governo Lula, leva a assinatura do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que também sempre teve influência na distribuição das emendas.

O sonho de Motta é passar a ter controle sobre esses instrumentos e, finalmente, comandar a Câmara. Esse sonho, entretanto, não necessariamente vai se tornar realidade. Nas exonerações feitas até agora, o governo Lula tem poupado afilhados de Lira, como o presidente da Caixa Econômica Federal, como mostrou esta reportagem do g1.

“Não dá para mexer com Lira, sem saber se o projeto de lei que isenta de IR quem ganha até R$ 5 mil vai voltar para a Câmara, onde ele é o relator. Se for aprovado pelo Senado sem alterações e não voltar para Câmara o governo fica menos dependente do Lira”, explica um integrante do governo.

Articulação de Gleisi

Em busca de reorganizar a base do governo no Congresso, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, deve iniciar na semana que vem a redistribuição de cargos vagos após o Planalto exonerar uma série de indicados políticos. O governo deve continuar mapeando os cargos e fazendo cortes até o fim desta semana.

Na segunda fase da reorganização, nos dias seguintes, Gleisi deve conversar com os líderes da Câmara para articular quem serão os deputados escolhidos para indicar novos nomes para as vagas.

A intenção da ministra é cortar os parlamentares da oposição e acomodar e aproximar os que votam com o governo. Nisso, podem ser contemplados tanto partidos do Centrão que têm sido fiéis, quanto os de esquerda.

Segundo fontes do Planalto, a ideia da articuladora política não é retaliar ou punir deputados, mas reorganizar a base para fortalecer aliados visando às próximas votações importantes no Congresso e às eleições de 2026.

O governo Lula começou, na última sexta-feira (10), a demitir servidores ligados a parlamentares que votaram contra a MP do IOF.

O texto estabelecia medidas para aumentar a arrecadação do governo como alternativa ao aumento do imposto, mas foi retirado de pauta pelo plenário da Câmara, fazendo com que perdesse a validade. Se fosse aprovada, a MP poderia significar a entrada de R$ 17 bilhões a R$ 35 bilhões nos cofres do Executivo, valor que ajudaria o governo a atingir a meta fiscal sem cortar programas importantes.

A proposta era importante para fechar as contas do Planalto no ano que vem, e a derrubada acendeu um alerta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), foi o próprio presidente que ordenou que Gleisi “mexa no vespeiro” do Centrão.

Entre as exonerações, estão nomes ligados ao PP, do senador Ciro Nogueira, na Caixa Econômica Federal, e do PSD, de Gilberto Kassab, no Ministério da Agricultura. Governistas identificaram articulações dos dois caciques do Centrão para angariar votos contra a MP, assim como o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e o presidente do União Brasil, Antônio Rueda. (Com informações do portal de notícias Metrópolese e do blog do jornalista Octávio Guedes do portal g1)

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