Quarta-feira, 11 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 22 de junho de 2023
É impossível recuperar os corpos de Shahzada Dawood, empresário paquistanês; Suleman Dawood, filho do empresário paquistanês; Hamish Harding, um bilionário empresário e explorador britânico; Paul-Henry Nargeolet, mergulhador francês; e Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate, vítimas da implosão do submarino da empresa, que fazia uma expedição até o Titanic. Nessa quinta-feira (22), na entrevista coletiva que confirmou a implosão do Titan, a Guarda Costeira dos Estados Unidos informou que não há um plano claro para resgatar os restos mortais.
“É um ambiente incrivelmente implacável lá no fundo do mar”, disse o contra-almirante John Mauger, da Guarda Costeira americana, em entrevista coletiva.
Segundo o oceanógrafo David Zee, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), recuperar os restos mortais dos cincos passageiros a bordo do submersível é uma tarefa impossível. Por causa da enorme pressão do lado de fora, “a morte é instantânea”. “Seria muito difícil encontrar restos mortais. Os destroços do submarino tem uma densidade maior, podem permanecer por um tempo no local, mas com a correnteza os restos humanos já devem ter sido levados para longe.”
Detritos do submersível Titan, incluindo seu cone de cauda, foram encontrados no fundo do oceano na manhã dessa quinta, a cerca de 1.600 pés da proa do Titanic, confirmou o contra-almirante John Mauger.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou a implosão e a morte dos cinco passageiros do submarino que embarcou em busca dos restos do Titanic. A embarcação foi localizada 500 metros abaixo de onde estava o navio que afundou em 1912, e sofreu uma “implosão catastrófica” após perder pressão.
O submersível Titan, da empresa OceanGate Expeditions, desapareceu no domingo, 18, quando iniciou uma expedição pelos destroços do Titanic no Oceano Atlântico. Carregando cinco passageiros, incluindo o CEO da empresa, a embarcação perdeu comunicação poucas horas depois de submergir. Restava esperança de encontrar todos vivos até a manhã desta quinta, quando foi estimado o fim do suprimento de oxigênio.
Apesar das esperanças da Guarda Costeira de encontrar os cinco passageiros com vida após ouvir sons na área de busca, a OceanGate Expeditions confirmou a morte. “Estamos de luto pela morte da tripulação e dos passageiros”, disse em nota. Em coletiva de imprensa, a Guarda Costeira reiterou que piloto e passageiro estavam mortos.
“Em nome da Guarda Costeira dos Estados Unidos e de todo o comando unificado, ofereço minhas mais profundas condolências às famílias”, disse o contra-almirante da Guarda Costeira americana John Mauger em entrevista coletiva.
Ainda não se sabe a causa específica da implosão do casco, embora já se supunha que a embarcação não tinha capacidade de suportar a pressão da profundidade onde estava.
“Sei que há muitas perguntas sobre como, por que e quando isso aconteceu”, disse Mauger, acrescentando que as autoridades têm as mesmas perguntas. “Isso será, tenho certeza, o foco de uma revisão futura. No momento, estamos focados em documentar a cena.”