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Brasil Exportação de gás ao Brasil continuará mesmo com Bolsonaro, diz ministro da Bolívia

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Os presidentes da Bolívia e Brasil, Evo Morales e Michel Temer. (Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo)

A entrada de Jair Bolsonaro na Presidência da República não afetará as exportações de gás natural boliviano ao Brasil, disse na quinta-feira (1º) o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Luis Sánchez, que negocia novos contratos com a Petrobras.

Sánchez disse que se reuniu nos últimos dias com o presidente da estatal, Ivan Monteiro, para analisar as cotas que o Brasil faz do gás boliviano sob um contrato que expira em 2019.

“Estávamos com o presidente da Petrobras e toda a sua equipe, trabalhando nas cotas e nos possíveis contratos com o Brasil… O contrato com o Brasil não termina em 2019, de acordo com as cotas ele pode ser concluído em 2024 e é nisso que estamos trabalhando. Paralelamente, também, em outros contratos”, disse Sanchez a uma rádio local ao retornar do Brasil.

O atual acordo estabelece um volume mínimo de compra de 24 milhões de metros cúbicos por dia (MMmcd) e um máximo de entrega de 30,08 MMmcd.

Sánchez se mostrou seguro que o aceno à direita do Brasil com a eleição de Bolsonaro não significa o fim das vendas de gás da Bolívia, governada pelo esquerdista indígena Evo Morales.

“Comercialmente somos muito competitivos em comparação com outras empresas que fornecem gás ao Brasil”, disse.

Neste contexto, Sánchez confirmou que a boliviana YPFB procura entrar no mercado minoritário de distribuição de gás no Brasil, que está abrindo o setor.

“Essa abertura de mercado brasileiro faz com que a YPFB possa ter maiores lucros do que os atuais, porque hoje o gás é vendido até a fronteira. Com a abertura do mercado, o gás poderia ir a São Paulo, Cuiabá, Campo Grande e outros pontos. Eu vejo uma oportunidade nesse cenário”, concluiu sem dar maiores detalhes sobre as negociações.

Distribuidoras de gás prorrogam chamada para aquisição de gás natural

Chamada pública lançada por distribuidoras de gás natural no Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em busca de novos ofertantes do insumo, além da Petrobras, teve o prazo para recebimento da manifestação de interesse dos supridores prorrogado para 31 de janeiro, informou associação que representa as companhias nesta sexta-feira.

A prorrogação ocorreu devido ao lançamento, pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), de TPC (Tomada Pública de Contribuições), que busca realizar medidas para incentivar a concorrência no setor de gás, segundo a Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado) disse em nota.

Além disso, o processo também foi adiado devido ao anúncio, pela ANP, de cronograma de chamada pública para a contratação da capacidade de transporte no Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), em setembro.

A concorrência das distribuidoras de gás, aberta em agosto, foi lançada pelas distribuidoras em um movimento inédito que visa garantir os contratos para atender a demanda de seus consumidores a partir do final de 2019, quando expiram acordos de muitas dessas empresas junto à Petrobras.

“Os agentes do setor terão uma melhor oportunidade para elaborar suas manifestações de interesse, pois os pontos a serem tratados na TPC terão impacto positivo na chamada pública das distribuidoras, impulsionando uma melhora significativa na qualidade das propostas a serem apresentadas”, disse o presidente do Conselho de Administração da Abegás, George Ventura, em nota.

A Abegás informou que, apesar do adiamento, está mantida a previsão de conclusão do processo ao longo de 2019.

O analista de Gás e GNL da Wood Mackenzie para a América Latina, Mauro Chavez, havia previsto a necessidade de estender o prazo, como forma de aumentar o número de ofertas e a conscientização dos players internacionais, em entrevista à Reuters no mês passado.

Estudo da consultoria prevê que a concorrência tem um potencial para gerar negócios de mais de 10 bilhões de dólares. No entanto, na ocasião, Chavez apontou que o sucesso completo da iniciativa depende de reformas regulatórias colocadas em curso pelo governo federal e pela ANP.

Atualmente, as regras do setor apresentam diversos impedimentos para a chegada de novos ofertantes de gás, como limitações de acesso à infraestrutura de transporte e de processamento da Petrobras.

No Nordeste, a iniciativa reúne as distribuidoras Algás, Bahiagás, Cegás, PBGás, Copergás, Potigás e Sergás, somando um volume potencial de aquisição de 9,4 milhões de metros cúbicos diários de gás.

No caso das concessionárias de distribuição de gás natural canalizado que atuam nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, o volume total de aquisição é de aproximadamente 10 milhões de m3/dia.

As empresas participantes são a Compagas (Companhia Paranaense de Gás), a GasBrasiliano, a MSGás (Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul), a SCGás (Companhia de Gás de Santa Catarina) e a Sulgás (Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul).

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https://www.osul.com.br/exportacao-de-gas-ao-brasil-continuara-mesmo-com-bolsonaro-diz-ministro-da-bolivia/ Exportação de gás ao Brasil continuará mesmo com Bolsonaro, diz ministro da Bolívia 2018-11-02
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