Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2024
O Facebook completa vinte anos no próximo domingo com uma trajetória que ajuda a contar a história da própria Internet, já que a popularidade da plataforma consolidou a era das redes sociais. Desde a criação do botão “like” e do feed de notícias até a compra do WhatsApp e do escândalo da Cambridge Analytica, a rede criada pelo bilionário Mark Zuckerberg mudou os negócios, inaugurou a economia dos influencers, afetou a política, colocou em xeque a privacidade de seus usuários e levantou questões sobre desinformação.
Ao crescer e comprar rivais, como Instagram e Whatsapp, a empresa fundada por Zuckerberg foi determinante para uma nova maneira de relacionamento interpessoal, criando uma geração viciada em likes.
A rede social é a única no mundo a ter 3 bilhões de usuários mensais (ou cerca de 40% da população mundial). Enquanto perde espaço entre o público mais jovem, a rede tenta se reinventar com investidas no metaverso e na inteligência artificial.
A história do Facebook começa em 2004, quando Mark Zuckerberg, então estudante de computação de Harvard, decide criar um site para uso exclusivo dos alunos chamado “Facemash”, para escolher os amigos mais atraentes. A ideia, porém, não foi pra frente.
Ao lado do amigo brasileiro e também estudante Eduardo Saverin, criou a rede “Thefacebook”, inspirado nos anuários dos colégios e das faculdades, com os nomes e fotos dos alunos. Também entraram no negócio o programador Dustin Moskovitz, o relações públicas Chris Hughes e Andrew McCollum, que foi um investidor no negócio ao lado de Saverin.
No ano seguinte, a rede social tirou o “The” do nome e passou a se chamar só Facebook. Foi também neste momento que a rede social deixou de ser exclusiva e passou a aceitar todos os internautas com mais de 13 anos.
Em 2006, a plataforma ganhou um novo recurso que mudou para sempre a forma como os usuários consomem conteúdo na internet. Se antes o Facebook era uma coleção de perfis (mais parecido com o finado Orkut), a partir de então uma linha do tempo informava tudo o que seus amigos faziam ou postavam por meio de suas publicações.
Não era mais necessário visitar o perfil de alguém para saber o que ele andava fazendo. Bastava ler o seu feed de notícias: uma sequência única de novidades, cujos resultados exibidos na tela dependiam dos amigos adicionados à sua rede. Dois anos depois do feito, em 2008, o Facebook alcançou a marca dos 100 milhões de usuários.
O ano de 2009 marcou a criação do botão “curtir”, usado para os usuários interagirem com o conteúdo. No ano seguinte, o recurso foi apresentado na conferência interna anual do Facebook, chamada F8, e o “like” passou a ficar disponível para qualquer site que quisesse adicioná-lo.
Uma forma de tornar a rede social conhecida dentro dos sites e levar o principal símbolo de referência à plataforma a todos os cantos da Web. Na ocasião, Zuckerberg garantia que o recurso mudaria para sempre as redes.
“O que temos para mostrar a vocês hoje será a coisa mais transformadora que já fizemos para a web”, disse.
A rede também incorporou a função “Lugares”, com a qual as pessoas faziam check-in nos lugares onde estavam. Em 2010, a rede social chegou a 500 milhões de usuários em todo o mundo.
Em 2010, o Facebook implementou os “Grupos”, marcando um novo momento da plataforma. A partir dessas comunidades, os usuários passaram a se reunir nesses espaços para trocar mensagens e imagens sobre afinidades em comum.
Ao longo do tempo, os grupos passaram a ser o espaço ideal para articulação de movimentos sociais, cravando o início da influência da rede em eventos políticos.
Em 2021, Zuckerberg anunciou a mudança do nome da holding (controladora) Facebook para Meta. A placa com o sinal “curtir”, que fica na frente da sede da companhia de Zuckerberg, em Menlo Park, no estado da Califórnia, foi substituída por um letreiro escrito “Meta”.
A mudança foi um sinal de interesse em separar o futuro da companhia do escrutínio do qual Facebook tem sido alvo há anos.
Foi também neste momento que Zuckerberg começou a anunciar seu interesse em investir no metaverso, um ambiente que promete eliminar as barreiras entre o físico e o digital.
O CEO da Meta começou a investir pesado em realidade virtual e aumentada para a construção do metaverso, deixando de ser uma companhia que desenvolve apenas redes sociais.
“Para ajudar a dar vida ao metaverso, temos um nome que reflete o futuro que queremos construir”, disse Mark Zuckerberg, durante conferência da companhia sobre realidade aumentada.
Apesar das declarações de Zuckerberg sobre o metaverso e seu desejo de investir nessa área, a aposta foi vista como uma furada pouco depois. Quase dois anos depois do anúncio de investimentos de mais de US$ 10 bilhões na área, a investida no metaverso perdeu espaço para a inteligência artificial – hoje a principal aposta das big techs.
Depois de uma temporada difícil para as empresas de tecnologia, em meio aos juros altos nos EUA no pós-pandemia, que culminou em demissões em massa nas empresas, a Meta está atualmente empenhada na inteligência artificial.
Hoje, ela testa mais de 20 recursos diferentes de IA generativa, desde pesquisa até anúncios e mensagens comerciais no Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp. A meta é que a IA convença as pessoas a gastar mais tempo em seus apps. As informações são do jornal O Globo.