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Educação Falta de internet na casa dos alunos dificultou ensino remoto em 8 de cada 10 escolas no Brasil

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A falta de dispositivos, como computadores e celulares, e o acesso à Internet nos domicílios dos alunos estão entre os desafios mais citados pelos gestores escolares. (Foto: Reprodução)

A falta de computadores, celulares e acesso à internet em casa dificultou o ensino remoto para alunos de 86% das escolas brasileiras durante a pandemia de covid-19, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (31) pelo Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação). Os dados foram colhidos de e setembro de 2020 a junho de 2021, por telefone, com 3,6 mil escolas públicas e privadas.

As dificuldades de pais ou responsáveis para orientar e apoiar os alunos nas atividades escolares estão entre os principais desafios enfrentados pelas escolas para a realização de atividades pedagógicas durante a pandemia de covid-19. É o que apontam 93% dos gestores escolares do Brasil, segundo a pesquisa TIC Educação 2020 (Edição Covid-19 – Metodologia Adaptada). Os dados indicaram que a falta de dispositivos, como computadores e celulares, e o acesso à Internet nos domicílios dos alunos estão entre os desafios mais citados pelos gestores escolares (86%).

A pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) é conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). A metodologia utilizada nessa edição teve que ser adaptada às limitações impostas pela pandemia, e foi realizada por meio de entrevistas telefônicas com gestores de escolas públicas (municipais, estaduais e federais) e de escolas particulares em áreas urbanas e rurais.

Em 65% do total de instituições escolares o atendimento a alunos em condição de vulnerabilidade social foi também citado como um dos desafios enfrentados durante este período. Este percentual foi ainda maior entre as escolas localizadas na região Norte (73%), entre as escolas municipais (77%) e estaduais (74%), e entre aquelas localizadas em áreas rurais (73%).

“Os dados desta edição da pesquisa mostram claramente que escolas, educadores, pais e alunos buscaram formas de se adaptar ao novo cenário, enfrentando problemas de infraestrutura e conectividade para seguir com as atividades pedagógicas durante a pandemia”, pondera Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br.

A pesquisa traz, entre outros pontos, um panorama de como as escolas se adaptaram ao ensino remoto. Para impedir que as atividades pedagógicas fossem paralisadas durante a pandemia, 93% das instituições de ensino afirmaram implementar estratégias de agendamento, para que os pais e responsáveis pudessem retirar atividades e materiais pedagógicos impressos na escola, enquanto 91% disseram ter criado grupos em aplicativos ou redes sociais, como WhatsApp ou Facebook, para se comunicar com os alunos ou pais e responsáveis.

Em 62% das escolas, a parceria com líderes comunitários para comunicação com as famílias, e o envio de materiais didáticos aos alunos foram medidas adotadas. Tal estratégia é citada em maior proporção por escolas rurais (71%) e entre as escolas localizadas em municípios do interior (63%).

A proporção de escolas urbanas que possuem perfil ou página em redes sociais foi de 82%. Já entre as escolas localizadas em áreas rurais este percentual foi de 29%, medido pela primeira vez pela TIC Educação.

Outro recurso digital bastante utilizado pelas escolas para atividades pedagógicas durante esse período foram as aulas em vídeo gravadas e disponibilizadas aos alunos, conforme 79% das escolas. O uso deste recurso apresentou menores proporções em escolas das regiões Norte (49%) e Nordeste (77%), em escolas localizadas em áreas rurais (59%), entre as escolas municipais (70%) e entre as escolas menores, com até 50 alunos matriculados (63%).

O uso de ambientes ou plataformas virtuais de aprendizagem como recurso de apoio à continuidade das atividades pedagógicas durante a pandemia foi bastante citado por escolas estaduais (80%) e particulares (75%), percentual esse que entre as escolas municipais foi de 42%. Escolas localizadas em áreas urbanas (70%) também apresentaram proporções mais altas de uso destes recursos. De acordo com a edição 2019 da pesquisa, 28% das instituições escolares urbanas possuíam ambiente ou plataforma virtual de aprendizagem.

Segundo a TIC Educação 2020, 82% das escolas possuem acesso à internet, percentual que sobe a 98% entre as escolas localizadas em áreas urbanas e fica em 52% entre as escolas localizadas em áreas rurais. Por dependência administrativa, as escolas particulares (98%) e estaduais (94%) apresentam maiores proporções em comparação com as escolas municipais (71%). Escolas com menor número de alunos matriculados também apresentam menores proporções de acesso à rede: 69% entre aquelas que possuem de 51 a 150 matrículas e 55% entre as escolas com até 50 matrículas.

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