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Saúde Falta de vitamina D é comum entre quem passa os dias em ambientes fechados, mas exposição proposital ao Sol divide os médicos

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Apesar dos benefícios, nem todos podem fazer o uso do protetor em cápsulas. (Foto: Reprodução)

A deficiência de vitamina D já é uma pandemia, ou seja, uma epidemia disseminada em vários países. E a forma de curar essa deficiência é relativamente simples: a maior fonte da vitamina D – que apesar de ter esse nome, na verdade, é considerada um hormônio – é o Sol.
Tomar sol é necessário para o organismo humano sintetizar essa substância que foi percebida no início do século passado. Mas a vida moderna, com o ar-condicionado dos escritórios, aumenta a baixa exposição ao Sol e abala a produção da vitamina D. E além de passarmos muitas horas em ambientes fechados, o uso do protetor – fundamental contra o câncer de pele – também reduz a exposição.

O neurologista Cícero Coimbra explica que baixos níveis dessa substância favorecem o surgimento de doenças como câncer, hipertensão, diabetes, derrames, distúrbios psiquiátricos e doenças autoimunes, que ocorrem quando o sistema imunológico da própria pessoa ataca e destrói os tecidos saudáveis do corpo. É o caso da esclerose múltipla e do lupus. Além disso, sem vitamina D suficiente, o corpo não pode absorver cálcio de maneira adequada, o que, entre outros problemas, impede que as pessoas tenham ossos saudáveis e fortes.

Problema de saúde pública.

Desde 2002, Coimbra já tratou de aproximadamente 1,4 mil pessoas com esclerose múltipla usando a substância. Ele afirma que a falta de Vitamina D é um grande problema de saúde pública. O neurologista explica que ela controla aproximadamente 10% das funções das células do corpo. “O reconhecimento das doenças que estão ligadas a essa deficiência está sendo cada vez maior à medida em que os anos passam. Hoje, nós sabemos que os níveis baixos de vitamina D favorecem doenças como hipertensão, diabetes, doença cardiovacular – como infarto, angina, AVC [acidente vascular cerebral]. Sabemos que gestantes que têm níveis baixos de vitamina D podem dar à luz a crianças autistas. Sabemos que níveis baixos de vitamina D estão associados com o surgimento de esquizofrenia na adolescência e de diversos outros distúrbios psiquiátricos. O mais importante de todos, o mais comum, é a depressão, mas também tem o distúrbio bipolar”, frisa.

Recomendações dividem comunidade médica.

O Institute of Medicine, que emite as recomendações dietéticas nos Estados Unidos e Canadá, sugere o consumo de 600 UI (Unidades Internacionais) de vitamina D por dia. Não é consenso, porém. Um estudo publicado no periódico Nutrients argumenta que a recomendação deveria ser de 7000 UI. Sabe-se que 100 gramas de salmão têm entre 100 e 250 UI de vitamina D. Já a gema do ovo tem 20 UI. No entanto, o Sol é bem mais eficiente: só 5 ou 10 minutos de exposição direta de pernas e braços, sem protetor, garantem cerca de 3000 UI. Ou seja, para ter carência de vitamina D, é preciso não tomar sol algum. Mas tomar sol sem proteção é algo que incomoda os dermatologistas. E o câncer de pele? Qual é o nível seguro? “É como cigarro. Existe uma quantidade segura? Nós recomendamos filtro solar, sempre”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Gabriel Gontijo. Já Coimbra aponta que pequenas exposições podem ser benéficas. “A palavra-chave é tempo. É só não se expor demais. Uma solução é não sair de casa com o protetor, passar minutos depois.” Enquanto não há acordo, alguns médicos sugerem suplementação. Em cápsulas ou gotas, é possível ingerir de 200 UI a 7000 UI por dia.

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