Segunda-feira, 22 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de dezembro de 2020
A jovem americana Skylar Mack, de 18 anos, foi presa após burlar a quarentena nas Ilhas Cayman, no mês passado. Agora, sua família pede para que liberada.
“Ela chora, ela quer voltar para casa”, disse a avó da jovem, Jeanne Mack, no programa “Today” do canal NBC. “Ela sabe que cometeu um erro. Ela admite isso, mas está muito histérica agora.”
Mack e seu namorado, Vanjae Ramgeet, de 24 anos, foram condenados a quatro meses de prisão depois de a americana violar o período de quarentena de 14 dias exigido para visitantes nas Ilhas Cayman. No final de novembro, após o fim do semestre na Mercer University, na Geórgia, Mack voou para a ilha para assistir a seu namorado competir em uma corrida de jet ski. Quando ela chegou, porém, houve um problema.
Ela chegou às ilhas numa sexta-feira; o campeonato foi no domingo seguinte. De acordo com as leis do país, ela teria que ficar em seu quarto de hotel por 14 dias antes de ir a qualquer outro lugar. A medida visa conter o contágio do novo coronavírus na região.
Para burlar a restrição, Mack, depois de testar negativo para a covid-19, tirou a pulseira de monitoramento eletrônico que havia recebido ao chegar nas ilhas e escapou para uma praia em South Sound, em Grand Cayman, onde viu Ramgeet ganhar o primeiro lugar. Porém, as autoridades descobriram, e o casal foi condenado na semana passada a quatro meses de prisão pela violação da quarentena.
“Foi uma violação em flagrante, como se poderia imaginar”, disse o juiz Roger Chapple no tribunal durante a sentença, de acordo com o Cayman Compass, um site de notícias nas Ilhas Cayman. “Foi fruto do egoísmo e da arrogância.”
As ilhas, um território britânico de quase 65 mil residentes, registraram, ao todo, 316 infecções e duas mortes pela covid-19.
Os parentes de Mack no subúrbio de Atlanta se esforçaram para reunir cartas de amigos e familiares atestando seu caráter, em um esforço para anular a sentença, segundo informou a avó da jovem.
Jeanne também escreveu ao presidente americano, Donald Trump, pedindo ajuda. Ela recebeu uma resposta do Escritório de Correspondência Presidencial na semana passada afirmando que sua solicitação havia sido encaminhada “para a agência federal apropriada para ações futuras”.
O juiz do caso disse na semana passada que “a gravidade da violação foi tal que a única sentença apropriada seria a de prisão imediata”, de acordo com o Cayman Compass. A família e Skylar, uma aluna de medicina, não têm ilusões sobre o que aconteceu, sua avó disse: “O que ela fez foi errado.”
“Vou fazer de tudo para te levar para casa e, quando chegar aqui, vou chutar sua bunda”, disse Jeanne. “Não estamos dizendo ‘pobre e inocente Skylar’. Estamos simplesmente dizendo que a punição não corresponde ao crime.”
Skylar Mack se confessou culpada por quebrar as regras de quarentena e foi inicialmente condenada a 40 horas de serviço comunitário e multa. Mas a punição foi aumentada depois que o promotor recorreu da condenação.