Segunda-feira, 03 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2020
Familiares de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) também vêm sofrendo ameaças. Os casos já foram encaminhados à secretaria de Segurança da Corte.
Há alguns dias, o presidente do tribunal, Dias Toffoli, encaminhou aos colegas um ofício recomendando que eles reforçassem a segurança pessoal depois que a Polícia Federal informou que poderiam sofrer ataques de uma suposta célula terrorista.
A informação foi repassada pela Polícia Federal ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga ataques ao Supremo.
Ele então repassou a informação a Toffoli, que enviou um documento aos colegas alertando sobre os riscos e recomendando que, diante da gravidade do alerta, “reforcem a segurança pessoal nas atividades cotidianas”.
A mensagem da célula terrorista teria sido captada em janeiro, na deep web, e teria sido disparada pela Unidade Realengo Marcelo do Valle.
O ofício de Toffoli foi distribuído na quarta (12). A informação deixou ministros apreensivos.
Inquérito
Em março de 2019, Toffoli anunciou a abertura de um inquérito para investigar a existência de fake news, ameaças e denunciações caluniosas, difamantes e injuriantes que atingem a honra e a segurança dos membros da corte e seus familiares.
O inquérito é controverso porque foi aberto no STF de ofício (sem provocação de outro órgão), sem participação inicial do Ministério Público e foi distribuído ao ministro Alexandre de Moraes, seu relator, sem a realização de sorteio entre os membros do tribunal.
A investigação, que tramita em sigilo, foi aberta em uma semana marcada por derrotas da Operação Lava-Jato no STF e troca de farpas entre magistrados, congressistas e membros da força-tarefa em Curitiba.