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Mundo Famílias separadas na fronteira entre os Estados Unidos e o México se unem por três minutos

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Evento ocorreu em local muito usado para travessia ilegal de imigrantes. (Foto: Reprodução)

Promovido pela organização não-governamental Rede Fronteiriça dos Direitos Humanos, com o apoio do U.S. Customs and Border Patrol de El Paso – a agência federal responsável pela vigilância e segurança das fronteiras norte-americanas – um evento permitiu que mais de 2,5 mil pessoas de quase 200 famílias separadas pela imigração ou por deportações pudessem se reencontrar por três minutos, no sábado.

O evento chamado “Hugs Not Walls” (Abraços, não muros) aconteceu próximo ao Rio Bravo, que divide a mexicana Ciudad Juárez (Chihuahua) e a norte-americana El Paso (Texas), local muito usado para travessia ilegal de imigrantes e onde milhares perdem a vida tentando chegar do outro lado.

No total, 196 famílias divididas pelo muro puderam se reunir por três minutos, muitas depois de vários anos sem se ver, separada pela fronteira entre os Estados Unidos e o México.

Esta é a segunda vez que o evento é realizado com Donald Trump na presidência e a quarta vez desde que foi criado.

Espera

Depois de 11 anos sem se ver, separada pela fronteira entre os Estados Unidos e o México, a família Pastrana pôde se abraçar pela primeira vez nesse evento especial.O aguardado encontro ocorreu diante do olhar atento da Patrulha de Fronteira. “Foram 11 anos muito longos, não pudemos nos ver, nem nos tocar neste tempo, é um momento inesquecível e aproveitamos para demonstrar o quanto a gente as ama”, disse à AFP Claudia Pastrana, uma mulher de 42 anos, originária de Ciudad Juárez, após abraçar a irmã e a sobrinha que emigraram para o Texas em busca de vida melhor.

Mayra, irmã de Claudia, também disse que o evento “foi algo inesquecível”.

Enquanto isso, a Patrulha de Fronteira vigiava cada movimento a cem metros de distância para que “ninguém vá passar algo na hora dos abraços”, disse Ramiro Cordero, porta-voz da Patrulha de Fronteira do setor de El Paso.

Assim como as irmãs Pastrana, mais de 2,5 mil pessoas que compõem outras 195 famílias separadas pela emigração ou por deportações participaram do evento chamado “Hugs Not Walls” (Abraços, não muros) para se abraçarem durante os três minutos tolerados pelas autoridades.

Após o curto, mas efusivo encontro das Pastranha, Claudia, que foi ao encontro acompanhada do filho e do sobrinho, precisou voltar ao lado mexicano. Dali, agitava os braços em uma longa despedida da irmã, a quem perdia de vista pouco a pouco.

Repúdio de Trump

Em reiteradas ocasiões, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump tem demonstrado publicamente seu repúdio à imigração de mexicanos.

“É uma forma de fazer protesto e erguer a voz contra as políticas agressivas do atual presidente [norte-americano], e que separou milhões de famílias”, disse Fernando García, diretor da Rede Fronteiriça.

Durante o reencontro, agentes da Border Patrol vigiavam a cerca de 100 metros de distância cada movimento, para impedir alguma tentativa de troca de objetos entre as pessoas no momento dos abraços.
A “Hug Not Walls” descreve a missão do seu trabalho em sua página oficial da internet : “Acreditamos em promover ideias que irão resolver o grande número de imigrantes indocumentados, sendo compassivos para todos os filhos de Deus”.

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https://www.osul.com.br/familias-separadas-na-fronteira-entre-eua-e-mexico-se-unem-por-tres-minutos/ Famílias separadas na fronteira entre os Estados Unidos e o México se unem por três minutos 2017-06-25
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