Sábado, 18 de outubro de 2025

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Alexandre Teixeira G. de Castilhos Rodrigues Faróis da Amizade

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Na estrada da vida, alguns companheiros são como luzes que nunca se apagam. Há pessoas que passam por nós como faróis nas estradas — iluminam o caminho, orientam nas curvas e seguem adiante, deixando rastros de luz que se projetam no tempo.

Entre esses faróis estão os amigos que, sem precisar dizer muito, ensinam o valor da lealdade, da prudência e da fraternidade.

A amizade verdadeira é uma engrenagem bem ajustada: funciona com confiança, respeito e silêncio. É o motor que aquece as almas nos dias frios e mantém o rumo mesmo quando o asfalto da vida se torna irregular.

Os bons amigos são como companheiros de estrada — aqueles que rodam lado a lado, atentos à velocidade do outro, prontos a reduzir quando é preciso esperar e a acelerar quando é hora de seguir.

Entre tantos exemplos, há quem simbolize essa jornada. Um desses faróis tem nome e sobrenome: Geraldo, homem de integridade rara, cuja trajetória inspira quem cruza o seu caminho. Advogado por vocação tardia, mas motociclista de alma, é o tipo de pessoa que prova que o caráter não se mede por cargos ou títulos, e sim pelo modo de conduzir a própria vida.

Na estrada e fora dela, há quem confunda velocidade com destino. Geraldo sempre entendeu que a verdadeira pressa é a da alma que busca sentido, não a do corpo que corre sem direção. Em cada curva, ensinou que andar em grupo é mais do que compartilhar o vento: é exercitar a confiança, a prudência e o respeito ao ritmo do outro. Também mostrou que, às vezes, seguir sozinho é a forma mais honesta de permanecer fiel ao próprio caminho.

Há quem diga que a vida é uma viagem sem mapas, feita de retas, curvas e paradas inesperadas. E talvez seja mesmo. Há encontros que duram pouco e deixam marcas eternas; há percursos que exigem coragem para desacelerar. O importante é saber que nenhum destino vale mais do que o aprendizado da jornada.

Os motociclistas costumam dizer que há duas rodas que movem o mundo: a da máquina e a do coração. O primeiro leva ao horizonte; o segundo, aos afetos. É na harmonia entre ambos que se encontra o verdadeiro equilíbrio.

Amigos que compartilham essa filosofia tornam-se irmãos de estrada — não por vínculos formais, mas pela comunhão de espírito. São aqueles que nos fazem rir quando o tanque está vazio, que oferecem silêncio quando o barulho do mundo é demais e que entendem que a lealdade é o combustível mais precioso.

As histórias de estrada, os episódios divertidos e as pausas em postos de gasolina tornam-se capítulos de uma fraternidade sem fronteiras. Cada risada é um marcador de quilometragem emocional; cada lembrança, um ponto no mapa da memória.

E, quando o tempo passa e as rugas aparecem, o que permanece é essa sensação de ter rodado bem — de ter vivido com autenticidade, guiado pela bússola da amizade.

Neste sábado, 18 de outubro, Geraldo celebra 70 anos de estrada. Uma data que não marca apenas o tempo vivido, mas o caminho percorrido com retidão, serenidade e generosidade.

Quem o conhece sabe que ele é um desses raros viajantes que inspiram sem discursos, ajudam sem pedir retorno e seguem iluminando os outros mesmo quando a estrada escurece.

A vida, afinal, é uma longa viagem feita de boas companhias. E, se há algo que a experiência ensina, é que os verdadeiros amigos são os faróis que nunca se apagam — mesmo quando a noite cai.

Por isso, a esta figura exemplar, mestre das duas rodas e do coração, fica a homenagem simples e sincera:

Parabéns, Geraldo, pelos 70 anos bem vividos!

Que a estrada siga longa, com muitos quilômetros de alegria, serenidade e luz — para ti e para todos que têm a sorte de cruzar o teu caminho.

Não esqueça de celebrar todos os dias suas grandes amizades.

Alexandre Teixeira Guimarães de Castilhos Rodrigues, advogado e escritor

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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