Segunda-feira, 17 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2018
Além de incorporar a ideia de uma guarda nacional proposta por Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Haddad vai adotar como prioridades em seu programa o controle da entrada de armas e drogas nas fronteiras e a efetivação do Fundo Nacional da Segurança Pública, com recursos federais. As três propostas foram adicionadas ao programa petista a pedido dos governadores do Nordeste, com quem Haddad se reuniu na semana passada.
A dificuldade da campanha, admitem dirigentes petistas, é convencer os eleitores de que essas medidas podem ser mais eficazes para o combate ao crime do que simplesmente falar grosso com os bandidos.
Remoção de Fake News
O ministro Carlos Horbach, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), suspendeu na segunda (15) links de sites e redes sociais com a expressão “kit gay”, usada pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) para atacar o adversário Fernando Haddad (PT). Ele atendeu a um pedido da defesa de Haddad, que alega que a informação é sabidamente inverídica.
De acordo com o ministro, “os conteúdos vinculados às URLs (…) expressamente vinculam o livro ‘Aparelho Sexual e Cia.’ ao projeto ‘Escola sem Homofobia’ ou aos programas de livros didáticos do Ministério da Educação, o que – como antes destacado – não é corroborado pelas informações oficiais, ensejando, portanto, sua remoção”.
Haddad foi à Justiça para contestar a repetida acusação do capitão reformado de que ele, quando ministro da Educação, distribuiu o “kit gay” para crianças de 6 anos, em referência ao livro “Aparelho Sexual e Cia”. Os advogados Eugênio Aragão e Angelo Ferraro, que defendem o petista, pediram ao TSE a retirada de 36 links da internet.
Segundo eles, houve divulgação reiterada nas redes sociais de publicações que afirmam que o livro teria sido distribuído em escolas públicas, causando prejuízo para Haddad “não só no âmbito eleitoral, mas também à sua honra pessoal, ao difundirem informações inverídicas, difamatórias e injuriantes (fake news)”.
Horbach ressaltou que o projeto “Escola sem Homofobia” não chegou a ser executado pelo Ministério da Educação, “do que se conclui que não ensejou, de fato, a distribuição do material didático a ele relacionado”.
“Assim, a difusão da informação equivocada de que o livro em questão teria sido distribuído pelo MEC (…) gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político, o que recomenda a remoção dos conteúdos com tal teor”, escreveu Horbach.
O ministro determinou ainda que Facebook e Google apresentem em 48 horas a identificação do número de IP da conexão utilizada no cadastro inicial dos perfis responsáveis pelas postagens e os dados cadastrais dos responsáveis.
A presidente do TSE, ministra Rosa Weber, fez uma reunião com ministros da Corte, outra com os presidentes dos tribunais regionais eleitorais e outra com o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública), entre outras autoridades, para tratar sobre a proliferação de fake news nas eleições.