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Notícias Fernando Henrique Cardoso diz que é criticado como se quisesse aderir ao governdo Dilma ao propor convergência nacional

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Tucano se reuniu com governadores do partido e líderes da sigla no Congresso (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o corte no Orçamento da União de 69,9 bilhões de reais foi consequência da má gestão do PT nos últimos anos. Para ele, ao fazer o contingenciamento, o governo da presidenta Dilma Rousseff está pagando seus próprios pecados. O ex-mandatário cobrou ações complementares do Palácio do Planalto após o anúncio da restrição de gastos públicos para que a população não fique vendo apenas nuvens negras no horizonte nacional.
O ex-governante declarou que o Brasil foi tão mal governado ultimamente que o corte foi devido a isso. Prosseguiu, comentando que a situação fiscal é de tal maneira difícil, que agora, com essa restrição, o Executivo está vivendo no inferno e terá que tomar medidas de contenção, como está fazendo. “A crítica que posso fazer não é à contenção, é uma espécie de operação sem anestesia. Quando você faz uma contenção fiscal, tem que explicar ao País o que vem depois do que você faz, qual é a esperança, qual é o horizonte. Agora, só estamos vendo nuvens negras. Aí, as pessoas ficam irritadas e não aceitam”, disse o ex-mandatário.
Fernando Henrique falou durante horas para estudantes e convidados de uma universidade particular do Distrito Federal. Cerca de 200 pessoas, incluindo os ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Ayres Brito e Francisco Rezek, ouviram o ex-presidente falar sobre o futuro do Brasil.

Mobilização
Após fazer um retrospecto político e econômico, ele apontou como caminho para o País o investimento em energia, infraestrutura e educação, além da promoção da reforma política. Fernando Henrique reconheceu que a nação evoluiu nos últimos tempos, mas defendeu a mobilização nacional para a superação desde momento de crise. “Não está claro se vamos pegar o rumo certo. Estou sentindo a falta de liderança, a falta de determinação, tem que fazer alguma convergência. Quando falo disso, sou criticado como se quisesse aderir ao governo Dilma. Estou falando de convergência nacional. No restante, pode ficar cada um no seu canto”, observou o ex-líder brasileiro.
Em referência à representação que será feita nesta semana pela oposição à PGR (Procuradoria-Geral da República) para que a presidenta Dilma Rousseff seja investigada por crime comum – em função de supostas irregularidades no repasse de recursos do Tesouro a banco públicos, o ex-mandatário disse que o impeachment não pode ser uma bandeira de luta. “Se houver provas contundentes de que Dilma é responsável por alguma coisa que é cabível na Lei de Impeachment, então cabe o impeachment. Porém, tem que haver provas. Isso não pode ser uma bandeira de luta, é um objetivo errado. O objetivo é apurar tudo, esse é o objetivo da democracia. Se houver provas, cai, se não, não cai. Mas você não pode, como ponto de partida, dizer que quero derrubar a presidenta. Isso não é democrático. Para derrubar, você tem que seguir as regras da democracia”, ressalvou Fernado Henrique.

Potencial
O ex-chefe de governo do Brasil afirmou não ser pessimista em relação ao País. Segundo ele, o Brasil tem um potencial enorme e precisa focar alianças, tendo em vista o polo do crescimento. “Não sou contra a nação ter relações com Ásia, África e China. Entretanto, você não pode ter relações por razões ideológicas. Ou seja, porque eu sou Sul, aquele é Norte. Onde está o retorno de crescimento? O que aponta para o futuro? Para garantirmos o Brasil do futuro, dependerá de decisões estratégicas. Um erro estratégico custa anos”, comentou Fernando Henrique na palestra.
Para o ex-presidente, o Brasil deve pensar em decisões estratégicas, sobre refazer a base energética, educacional e política. Ele crê que com a capacidade de expressão dos cidadãos ampliada, surgirão lideres fora do circuito tradicional.

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