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Geral Ficar dependente da nuvem não é seguro; saiba como armazenar seus dados

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Telefone para relatos de abuso sexual já recebeu 101 denúncias.(Foto: Pixabay)

Estamos armazenando cada vez mais fotos, documentos e vídeos online. Mas quanto desses arquivos ainda nos pertencem de verdade? Esta é a questão que veio à tona nas últimas semanas, por causa de uma mudança que está chegando aos iPhones: a Apple anunciou uma ferramenta para vasculhar arquivos salvos em nuvem e sinalizar casos de abuso sexual infantil.

O debate tem implicações para a privacidade online e a vigilância governamental e também destaca como o armazenamento de nossos dados digitais mudou ao longo do tempo, levantando preocupações sobre as maneiras como devemos nos conduzir em termos tecnológicos.

Em um primeiro momento, a nova ferramenta da Apple, que será incluída na próxima atualização de software para os iPhones, até parece uma boa ideia. O sistema funciona escaneando determinado iPhone em busca de um código vinculado a um banco de dados conhecido pela pornografia infantil quando as fotos do dispositivo são carregadas para o iCloud, o serviço de armazenamento em nuvem da Apple. Quando houver um determinado número de correspondências, um funcionário da Apple analisará as fotos antes de fazer a denúncia para autoridades.

Porém, alguns especialistas em segurança cibernética argumentaram que o sistema de sinalização de conteúdo era invasivo e infringia a privacidade das pessoas. Eles alertaram que a Apple estava criando um precedente que facilitaria para países com forte vigilância, como a China, aprovar leis que poderiam exigir que a empresa usasse a tecnologia para outros fins, como identificação de imagens políticas desfavoráveis a um governo autoritário.

“Eles disseram que não têm planos de fazer coisas piores com essa tecnologia, mas, neste momento, essa posição parece ingenuamente otimista”, disse Erica Portnoy, da Electronic Frontier Foundation, organização sem fins lucrativos de direitos digitais.

Em resposta à reação, a Apple publicou um documento explicando que o novo sistema não fará a varredura nas galerias de fotos do iPhone das pessoas. Além disso, a tecnologia de identificação deixará de funcionar se as pessoas desativarem a biblioteca de fotos de seu iPhone para fazer backup de imagens no iCloud, disse um porta-voz da empresa.

Mas, independentemente de como se desenrole, este episódio da Apple é um lembrete de quanto nosso armazenamento de dados digitais mudou. No passado, a maioria de nós armazenava nossas fotos digitais em drives de computadores pessoais e em pen drives de USB – ou seja, elas ficavam sob nossa posse. Agora, cada vez mais armazenamos nossos documentos e outras informações na “nuvem”, onde grandes empresas como Apple, Google e Microsoft hospedam os dados em seus servidores. No processo, essas empresas ganharam muito mais poder sobre nossas informações.

Por isso, é aconselhável ter uma estratégia de saída para puxar seus dados da nuvem caso você queira sair desse sistema. Basta ter um pouco de planejamento.

Muita gente se acostumou a fazer backup automático de dados nos servidores online da Apple, do Google e da Microsoft. Esses serviços em nuvem são convenientes e seu uso garante que seus dados sejam armazenados em um backup na internet periodicamente.

Mas a melhor prática é a híbrida. A empresa de proteção de dados Acronis recomenda que você armazene cópias locais em unidades físicas também. É bom ter um backup local para quando você não tiver conexão com a internet e precisar de acesso imediato a determinado arquivo.

Felizmente, não é difícil criar um backup local. A primeira etapa é fazer o backup seguro de todas as suas informações digitais em outro dispositivo.

Para fotos do iPhone, a opção mais simples é fazer backup das imagens em um computador. Em um Mac, você precisa conectar seu iPhone, abrir o aplicativo Fotos da Apple e importar todas as suas fotos. No Windows, você pode usar o aplicativo Windows Photos para fazer o mesmo. E, se quiser ser mais minucioso, você pode fazer um backup de todos os dados do seu iPhone com a ferramenta Finder no Mac ou o aplicativo iTunes no Windows.

A partir daí, você pode criar um backup dos dados do seu computador em uma unidade externa que se conecte ao seu computador. Aplicativos como Time Machine da Apple para Macs ou File History para Windows cuidarão disso para você.

Agora que retirou as fotos do celular, você pode decidir o que fazer a partir daí, como excluí-las da nuvem e transferi-las para outro serviço de nuvem, como o Google Fotos. Apenas lembre-se de não ficar totalmente dependente da nuvem. As informações são do jornal The New York Times.

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https://www.osul.com.br/ficar-dependente-da-nuvem-nao-e-seguro-saiba-como-armazenar-seus-dados/ Ficar dependente da nuvem não é seguro; saiba como armazenar seus dados 2021-08-23
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