Quinta-feira, 06 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2015
A PF (Polícia Federal) deflagrou na manhã dessa sexta-feira, em Brasília (DF), a Operação Patriota, para investigar suposto esquema de fraude fiscal que pode chegar a 875 milhões de reais. O grupo empresarial apontado como alvo é dono de ao menos sete empresas ligadas a transporte, turismo e hotelaria. O nome da operação faz referência a um dos negócios do grupo – Hotel Nacional.
A PF não divulgou os nomes dos suspeitos, mas especulações da imprensa indicam que o foco da operação é o empresário Wagner Canhedo, que foi dono da empresa aérea Vasp – que deixou de operar em 2005 e teve sua falência decretada em 2008 – e chegou a ser preso, em regime semiaberto, em 2013. A detenção se deu, à época, por processo de sonegação fiscal.
O filho do empresário, Wagner Canhedo Filho, foi preso em flagrante nessa sexta-feira por posse ilegal de arma. Na casa dele foram encontradas duas armas com registro vencido. O empresário pagou 38 mil reais de fiança. Canhedo Filho saiu da superintendência da PF por volta das 13h.
Ao todo, 18 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva foram expedidos. O grupo usava empresas de fachada em nome de laranjas para desviar o dinheiro que seria recolhido para pagamento de impostos, segundo o chefe da Delegacia de Combate a Crimes Financeiros da PF, João Thiago Oliveira Pinho. O grupo é bastante conhecido na capital federal e algumas das empresas já tiveram falência decretada, de acordo com Pinho. Os empresários são suspeitos de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
“Essas empresas transferiam grande parte do patrimônio para empresas laranjas em nomes de familiares e ex-funcionários e faziam operações de empréstimos que eram de gaveta”, disse o delegado. “Estamos investigando o grupo há um ano, mas ele vem há décadas fugindo da execução fiscal e cometendo diversas fraudes.”
Carros
Ao menos dois carros foram apreendidos. Nem todas as sete empresas do grupo continuam em funcionamento. A PF identificou quatro que seriam de fachada. A operação aconteceu em parceria com a Procuradoria da Fazenda Nacional. O procurador do órgão Pablo Pedrosa disse acreditar ser difícil a recuperação do dinheiro supostamente desviado. (AG)