Sábado, 07 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2025
“O agente secreto”, filme de Kleber Mendonça Filho protagonizado por Wagner Moura, chega aos cinemas brasileiros no dia 6 de novembro. A data foi confirmada na quinta-feira (5) por Silvia Cruz, diretora da Vitrine Filmes, que distribui o longa, durante um evento. Antes mesmo da estreia, porém, o público poderá conferir o filme em sessões antecipadas previstas para setembro e outubro. O longa já está confirmado em mais de 20 festivais pelo mundo.
Um dos filmes nacionais mais aguardados do ano, “O agente secreto” foi uma das sensações do Festival de Cannes, no mês passado, de onde saiu com as Palmas de melhor ator, para Wagner Moura, e melhor direção, para Mendonça Filho.
Após a premiação em Cannes, o longa despontou como forte concorrente a representar o Brasil na corrida pelo Oscar de melhor filme internacional. “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, atual vencedor na categoria, também teve sua estreia nacional em novembro, no ano passado.
Ambientado no final dos anos 1970, durante a ditadura militar brasileira, o longa acompanha Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz, mas logo percebe que o clima não é dos melhores. Além de Wagner Moura, o elenco reúne nomes como Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Hermila Guedes, Thomás Aquino e Udo Kier.
“Um dos elementos que mais me levaram a querer escrever o filme é que eu acho que o meu país tem um problema de amnésia auto-aplicada e que foi normalizada com a anistia em 1979, a anistia proposta pelo próprio governo militar que, desde 1964, tinha cometido incontáveis atos de violência contra a população brasileira”, explicou o diretor na première em Cannes.
Além dos prêmios, “O agente secreto” deixou Cannes com importantes acordos de distribuição. O filme foi adquirido pela Neon, distribuidora do vencedor do Oscar “Anora”, para lançamento nos EUA, enquanto que a Mubi será responsável pela distribuição em Reino Unido, Índia e América Latina, com exceção do Brasil.
“Estruturalmente, é um filme diferente de ‘Ainda estou aqui’, mas penso que vamos ter mais uma temporada de muita torcida pela frente”, afirmou o crítico de cinema Waldemar Dalenogare após a premiação francesa. “Ter tido dois prêmios em uma competição tão boa é muito importante.” As informações são do jornal O Globo.