Sábado, 14 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Governadores eleitos não saíram ontem do telefone. Além dos cumprimentos dados e recebidos, começaram a conversar sobre como enfrentar o naufrágio financeiro. Não pretendem pressionar agora, mas estabelecer uma estratégia comum. O processo de endividamento dos Estados se iniciou na década de 1970, após a vigência do Código Tributário Nacional, de 1966. A partir daí, estabeleceu-se um processo de concentração do recolhimento de impostos em Brasília. Com a redução da arrecadação pelos Estados, houve necessidade de renegociação em 1997. O pagamento das prestações mensais à União sufocou os orçamentos. A reforma tributária, hoje, é uma necessidade imperiosa.
Deve haver uma saída
No primeiro encontro com o futuro presidente Jair Bolsonaro, em meados de janeiro do próximo ano, os governadores usarão um argumento inquestionável: não existe um país forte, quando os Estados são pobres e meros pedintes.
Lista aberta
Fernando Schüller, que redigiu o plano de governo de Eduardo Leite, pode escolher o cargo que quiser. Doutor em Filosofia e Mestre em Ciências Políticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com pós-doutorado pela Universidade de Columbia, atualmente, é professor e pesquisador no Insper, de São Paulo. Foi secretário da Justiça e do Desenvolvimento Social na gestão Yeda Crusius. Para a Secretaria de Cultura estão cotados Luciano Alabarse e André Venzon.
Descrença
No final do ano passado, jornais do centro do País publicaram textos na mesma linha: “O deputado federal é visto com cautela. Filiado a um partido nanico, o PSC, Bolsonaro tem crescido entre o eleitorado conservador. Mas, há dúvidas, entre os parlamentares, se ele será capaz de enfrentar com alguma chance de vitória uma eleição majoritária.”
Estágio rápido
A eleição de Jair Bolsonaro ocorreu sete meses e 19 dias após ter assinado ficha no PSL (Partido Social Liberal).
Um basta ao calote
Antes da filiação de Bolsonaro e de imaginar que chegaria à Presidência da República, o PSL definiu em seu site: “Somos contrários à demasiada centralização de poder e recursos nas mãos do governo federal.” Poderá demonstrar na prática, aconselhando a liberação de recursos da Lei Kandir aos Estados, que sucessivos governos retêm, numa demonstração de descaso e irresponsabilidade.
Definidos os alvos
O site nacional do PT abriu, ontem, amplo espaço à entrevista de Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda, concedida após a vitória de Bolsonaro. Aponta as questões básicas contra as quais a bancada federal do PT vai disparar: controle dos gastos do governo, reforma da Previdência, velocidade nas privatizações e enxugamento da máquina pública. O plenário da Câmara vai tremer durante os debates.
Encenações vergonhosas
Continua sendo tema das rodas que tratam de política: a propaganda eleitoral não passou de mais uma demonstração de desconhecimento do grau de amadurecimento dos que vão às urnas. Os insultos se multiplicaram. Vírgulas e pontos foram substituídos por “mentiroso” e “covarde”. Episódios deprimentes da campanha como se o respeito ao próximo fosse a última coisa que a população preza.
Desafio à paciência
Durante a campanha eleitoral, proliferaram com intensidade os fanáticos. Winston Churchill os definiu com precisão: “É aquele chato que não quer mudar de ideia e não sabe mudar de assunto.”
A primeira pós-eleição
O Comitê de Política Monetária, do Banco Central, abre hoje a penúltima reunião do ano. Amanhã, será anunciada a permanência ou não da taxa anual de juros em 6,5 por cento.
Ficou comprovado
As eleições fizeram com que muitos candidatos descobrissem: o marketing político pode maquiar a aparência, mas não é uma fórmula milagrosa que elimina erros cometidos.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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