Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de maio de 2015
Começou nessa quarta-feira, às 12h05min, mais uma missão misteriosa do miniônibus espacial não-tripulado da Força Aérea dos Estados Unidos. O veículo, conhecido pela sigla X-37B, está fazendo sua quarta viagem ao espaço. A anterior, encerrada em 2014, durou incríveis 22 meses.
Levada ao espaço por um foguete Atlas V, a espaçonave ainda não tem data definida para seu retorno à Terra. Embora a missão, designada OTV-4, siga rodeada de interrogações, dessa vez os militares note-americanos revelaram parte dela. Entre outras coisas, o X-37B testará um novo propulsor iônico destinado a permitir ajustes de órbita em satélites de comunicações avançados.
O veículo também levará um experimento da Nasa (a agência espacial norte-americana), que pretende expor cerca de cem diferentes tipos de material ao ambiente espacial. O objetivo é avaliar o desempenho dessas amostras para futuras aplicações em design de espaçonaves.
Mas, claro, isso não é tudo. O que mais o X-37B fará? Só a Força Aérea dos Estados Unidos sabe. Enquanto isso, aguardam-se notícias do veleiro solar da Planetary Society, o LightSail, que foi ao espaço de carona nesse mesmo voo do Atlas.
Programa Espacial Militar
Os veículos X-37 foram desenvolvidos com o objetivo de fornecer acesso rápido e seguro ao espaço, com a agilidade para manobras em um teatro de operações que inclua a órbita terrestre.
Estudos realizados pela Força Aérea dos Estados Unidos nos anos 2000 sugerem que esquadrões de X-37 poderiam ser dispostos nas costa Leste e Oeste, de prontidão, para serem lançados em caso de necessidade. Eles serviriam para diversas missões, desde monitoramento até eventuais ataques a satélites ou mesmo a alvos em terra.
Mas, por ora, com apenas dois veículos X-37B à disposição, o programa é ainda experimental. Suas missões até agora – incluindo esta última – são testes, mais do que qualquer outra coisa. A ideia é testar, pouco a pouco, a versatilidade do veículo e confirmar as teses que eram levantadas no início do século quanto à sua potencial utilidade. (Folhapress)