Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2015
Fotografias do corpo de Kurt Cobain podem vir a público após mais de vinte anos de sua morte, em 4 de abril de 1994. Courtney Love, viúva do músico, e sua filha com ele, Francis Bean Cobain, pediram à juíza Theresa Doyle, do tribunal de Seattle, Washington (EUA), que recuse o pedido de divulgação das imagens feito por Richard Lee, apresentador de um programa de televisão na cidade. Segundo o jornal The Seattle Times, Courtney e Francis serão ouvidas pela Justiça.
Lee não acredita que Cobain se matou e quer as imagens para provar que o músico foi assassinado. A prefeitura de Seattle diz que o material não deve ser divulgado para manter a privacidade dos familiares do cantor. Courtney e Francis escreveram à Corte sobre os impactos psicológicos que elas podem sofrer caso as imagens venham à tona.
“Eu tenho que lidar com muitos problemas por causa da morte de meu pai. Ter que lidar com a possibilidade das fotografias se tornarem públicas já é muito difícil. Com a divulgação, a possível sensacionalização delas nos causaria uma dor indescritível”, escreveu Francis.
Segundo a filha de Cobain, ela já sofreu com fãs obcecados por seu pai. No texto, Francis descreve uma passagem, sem citar quando isto aconteceu: “Uma pessoa entrou em minha casa na Califórnia quando eu não estava lá. Ele me esperou por três dias até eu voltar, porque acreditava que a alma do meu pai tinha entrado em meu corpo”.
Em 1995, a polícia de Seattle liberou imagens da cena do suicídio. Uma mostrava uma caixa com objetos usados para consumo de drogas, como uma colher e algo que se parecia com uma agulha. Na segunda, a mesma caixa aparece fechada ao lado de notas de dinheiro, um maço de cigarros e uma carteira. No mesmo ano, Courtney recebeu a permissão de manter a carta de suicídio escrita por Cobain, e outra nota que foi usada para análise de caligrafia. De acordo com o texto endereçado ao tribunal, elas nunca viram fotos do corpo de Cobain. (AE)