Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2015
Depois de restringir a liberdade de movimento de simpatizantes, suspeitos de terrorismo e seus amigos, a França agora partiu para cortar o principal sustentáculo do EI (Estado Islâmico): o dinheiro. O ministro das Finanças, Michel Sapin, anunciou na segunda-feira uma série de medidas para dificultar a circulação do dinheiro anônimo – principal arma dos terroristas. A partir de agora, por exemplo, cartões de crédito pré-pagos na França passam a ser controlados.
Este tipo de cartão foi usado pelos terroristas na preparação do pior atentado da história recente do país para aluguéis de carros, por exemplo. Com capacidade de até 2,5 mil euros, ele pode ser comprado até em supermercados, sem qualquer controle bancário ou verificação da identidade. Paris quer agora que os outros 27 países da UE (União Europeia) adotem as mesmas restrições e insistirá nisso na próxima reunião de ministros de Finanças do bloco, que ocorrerá no dia 8 de dezembro.
O EI não apenas controla um vasto território em dois países – Síria e Iraque – como detém uma riqueza colossal. Seu patrimônio foi estimado em 2,07 trilhões de euros por Jean-Charles Brisard, especialista francês em financiamento do terrorismo. O grupo movimenta estimados 2,5 bilhões de euros por ano. A maior parte, segundo Brisard, vem de extorsão, seguida da venda de petróleo, gás, fosfato, trigo, resgates de sequestros, venda de cimento e tráfico de obras de arte. A França pede para que todos os países fiquem em alerta a transferências de dinheiro para Síria ou Iraque.
