Brasil Funcionário do BNDES constrange o presidente Michel Temer em solenidade
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2018
O presidente Michel Temer foi alvo de protesto nesta quinta-feira (27) durante solenidade dentro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Um funcionário do banco se levantou durante o discurso do ministro do Planejamento, Esteves Conalgo Jr., se aproximou do palco em que estavam as autoridades e gritou para a mesa em que estava o presidente: “Você não tem vergonha na cara, não?”.
Temer estava sentado no palco do teatro do banco e demonstrou constrangimento com a manifestação. Logo após gritar com o presidente, o homem se encaminhou andando para a saída do teatro fazendo gestos de comemoração, dando um urro logo na saída.
O presidente do BNDES, Dyogo de Oliveira, afirmou que o funcionário sofreu um “problema de ordem médica” ao se dirigir à mesa de autoridades.
“A informação que nós temos é que foi um funcionário que teve um problema médico. Inclusive está sendo medicado neste momento”, declarou Oliveira. Ele não quis comentar uma eventual punição ao funcionário.
O presidente participava de anúncio de uma linha de financiamento do banco para painéis solares para geração de energia. Em seu discurso, não mencionou o episódio. Apenas parabenizou os funcionários pelo evento e pelo trabalho.
Fomento
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social lançou um programa de fomento à geração de energia solar e eólica, com duas linhas de crédito no valor total de cerca de 2,2 bilhões de reais, segundo comunicado do Ministério do Meio Ambiente.
O anúncio vem em meio a uma busca do presidente Michel Temer por uma agenda positiva às vésperas da eleição de 7 de outubro. O anúncio do banco envolve duas linhas de crédito para energia solar e eólica, com uma delas voltada a financiar a compra de equipamentos de geração renovável por parte de pessoas físicas e microempresas e outra linha para empresas maiores.
A taxa de juros da segunda linha, para pessoas físicas e microempresas, será de 4 por cento para quem tem renda anual de até 90 mil reais e de 4,5 por cento nos demais casos. A carência será de até 24 meses e a amortização poderá ocorrer em até 12 anos.
Caixa Econômica Federal
Em cerimônia no Palácio do Planalto, na noite de quarta-feira, o presidente Michel Temer lançou a linha de crédito consignado (com desconto na folha de pagamento) com a Caixa Econômica Federal que vai usar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço como garantia. A medida, segundo a Caixa, poderá beneficiar 27 milhões de trabalhadores de todo o País. Caso metade deles utilize esse tipo de empréstimo pessoal, o governo calcula uma movimentação de R$ 37 bilhões na economia.
Nesta quinta, a Caixa detalhou as condições da linha de crédito, que terá taxas a partir de 2,63% ao mês, de acordo com o perfil do empregador e do cliente, com prazo de até quatro anos para o parcelamento. A determinação legal é que a taxa máxima para a modalidade seja de 3,5% ao mês – mas cada banco definirá a sua taxa e o prazo de pagamento, que no máximo será de 48 meses.
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