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Economia Gasolina e etanol estão entre itens que mais caíram em julho; veja a lista

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A gasolina ficou 15,48% mais barata em julho, mas ainda acumula alta de 5,64% em 12 meses. (Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil)

A imposição de um limite para as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadores e Serviços (ICMS) sobre itens considerados essenciais surtiu efeito sobre a inflação de julho: gasolina, etanol e energia elétrica ficaram entre os itens que mais tiveram redução de preço na prévia do mês, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (9) mostram, no entanto, que a queda de preços em julho incentivada pela redução tributária ainda está longe de compensar a disparada de preços de muitos desses produtos nos últimos meses.

Isso porque, em 12 meses, vários itens – como o gás de botijão e o óleo diesel – ainda apresentam forte alta, acima da inflação acumulada no período, de 10,07%.

A gasolina, por exemplo, ficou 15,48% mais barata em julho, mas ainda acumula alta de 5,64% em 12 meses. Já o gás de botijão, que pesa muito sobre o orçamento das famílias de menor renda, acumula alta de 21,36% em 12 meses – apesar do recuo de 0,36% em julho.

Veja lista com os 50 itens que mais tiveram queda no mês passado:

1) Tomate (-23,68%)

2) Abobrinha (-23,55%)

3) Batata inglesa (-16,62%)

4) Gasolina (-15,48%)

5) Cenoura (-15,34%)

6) Etanol (-11,38%)

7) Repolho (-11,13%)

8) Emulsão de açaí (-11,09%)

9) Pimentão (-10,90%)

10) Flores naturais (-9,48%)

11) Couve-flor (-9,43%)

12) Laranja-baía (-8,02%)

13) Brócolis (-7,99%)

14) Artigos de maquiagem (-6,68%)

15) Couve (-6,17%)

16) Maracujá (-5,96%)

17) Energia elétrica residencial (-5,78%)

18) Gás veicular (-5,67%)

19) Cebola (-5,55%)

20) Banana-da-terra (-5,28%)

21) Banana-maçã (-4,50%)

22) Melão (-4,35%)

23) Feijão preto (-4,03%)

24) Coentro (-3,92%)

25) Cheiro-verde (-3,59%)

26) Perfume (-3,42%)

27) Alface (-3,25%)

28) Aipim (-3,10%)

29) Laranja lima (-2,85%)

30) Computador pessoal (-2,63%)

31) Peixe-pescada (-2,60%)

32) Material hidráulico (-2,55%)

33) Peixe-dourada (-2,45%)

34) Óleo de soja (-2,41%)

35) Goiaba (-2,33)

36) Console de videogame (-2,28%)

37) Despachante (-2,24)

38) Laranja-pera (-2,12%)

39) Fisioterapeuta (-2,09%)

40) Peixe-corvina (-2,07%)

41) Peixe-serra (-2,04%)

42) Roupa de banho (-1,95%)

43) Morango (-1,76%)

44) Feijão carioca (-1,69%)

45) Livro não didático (-1,69%)

46) Fermento (-1,63%)

47) Colchão (-1,63%)

48) Cartório (-1,63%)

49) Peixe-cação (-1,50%)

50)  Sabão líquido (-1,41%).

Deflação pontual

A deflação de 0,68% registrada pelo IPCA em julho esconde uma realidade ainda difícil do quadro inflacionário do Brasil. A queda da inflação ficou restrita ao desempenho dos combustíveis e da energia elétrica e pior: não representa um grande alívio no bolso das famílias mais pobres. Além disso, a taxa acumulada em 12 meses segue em dois dígitos, a 10,07%.

Os analistas pontuam que uma deflação tradicional se dá quando os preços de vários bens e serviços recuam, diferente do observado no dado divulgado nesta terça. A última vez em que o Brasil registrou deflação foi em maio de 2020, quando a economia foi chacoalhada com os primeiros impactos da pandemia coronavírus.

“O mérito da queda (atual) é pequeno. A gente entende como deflação quando é uma coisa generalizada”, afirma Andre Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). “Não é uma mudança de jogo, não é uma queda generalizada.”

Mesmo com o número melhor, o governo não vai cumprir a meta de inflação deste ano – que é de 3,5%, podendo oscilar entre 2% e 5%. Será o segundo ano consecutivo de estouro da meta de inflação.

A inflação ainda deverá castigar as famílias mais pobres. Elas são pouco afetadas pela queda no preço da gasolina e já pagavam uma alíquota baixa para o consumo de energia elétrica.

No bolso dos mais pobres, o que pesa mais é a alta os preços dos alimentos, que segue forte – e acelerou no mês passado, com alta de 1,30%.

“Para as famílias mais pobres, cuja cesta de consumo tem mais peso de alimentos, a situação não muda muito. Continua com a dinâmica de alta do preço de alimento”, afirma o economista José Francisco de Lima Gonçalves.

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