Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de janeiro de 2023
Um general de quatro estrelas da Força Aérea dos Estados Unidos disse em um memorando que seu instinto lhe diz que o país vai entrar em guerra contra a China nos próximos dois anos. Funcionários do Pentágono disseram que os comentários não eram consistentes com as avaliações militares norte-americanas.
Em um memorando interno, divulgado pelas redes sociais e depois confirmado como genuíno pelo Pentágono, o chefe do comando de mobilidade aérea, general Mike Minihan, afirmou que o objetivo principal deve ser dissuadir e, se necessário, derrotar a China. De acordo com o general, a eleição presidencial em Taiwan, no próximo ano, dará ao presidente chinês Xi Jinping, um pretexto para agressão militar enquanto o governo dos Estados Unidos estará voltado para a sua própria disputa eleitoral pela Casa Branca.
O memorando também pede a todos os oficiais do Comando de Mobilidade que sigam para o campo de tiro, “disparem um pente” em um alvo e “apontem para a cabeça”.
O governo dos Estados Unidos mudou o reconhecimento de Taipé para Pequim em 1979, mas vende armas a Taiwan para a defesa da ilha. A China realizou grandes exercícios militares em agosto do ano passado, que foram considerados por analistas um treinamento para uma invasão após a desafiadora visita de solidariedade a Taipé da então presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi. Muitos congressistas americanos pedem o aumento da assistência a Taiwan, incluindo o envio de ajuda militar direta. Os parlamentares destacam que a invasão da Ucrânia pela Rússia mostra a necessidade de preparação antecipada.
Republicanos
“Espero que ele esteja errado… mas acho que ele está certo”, disse Mike McCaul, o novo presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. McCaul disse que se a China falhar em assumir o controle de Taiwan sem violência, então “eles vão considerar uma invasão militar em minha opinião. Temos que estar preparados para isso”.
O parlamentar republicano ainda acusou o governo democrata do presidente Joe Biden de projetar fraqueza, após a retirada de tropas norte-americanas do Afeganistão, o que poderia tornar a guerra com a China mais provável.
Em resposta a um pedido de comentário, o brigadeiro-general da Força Aérea, Patrick Ryder, disse em comunicado que a competição militar com a China é um desafio central. “Nosso foco continua sendo trabalhar ao lado de aliados e parceiros para preservar um Indo-Pacífico de paz, livre e aberto”, disse ele.