Por Redação O Sul | 18 de novembro de 2015
A gigante norte-americana TIAA-Cref – que administra as contas de aposentadoria de funcionários de universidades, professores de escolas públicas e outros trabalhadores – se orgulha de promover valores socialmente responsáveis. Mas, documentos demonstram que a TIAA-Cref e parceiros brasileiros despejaram milhões de dólares em aquisição de terras aráveis no cerrado, uma imensa região à beira da floresta amazônica na qual vem acontecendo desmatamento em larga escala para expansão da agricultura.
O grupo e seus parceiros acumularam vastas propriedades agrícolas, a despeito da decisão do governo brasileiro, em 2010, de proibir participação estrangeira em transações dessa escala.
Mesmo assim, a TIAA-Cref seguiu com suas intenções em uma parte do Brasil onde há conflito de terras, o que expõe a empresa a acusações de que adquiriram propriedades de um especulador acusado de empregar pistoleiros para roubar terras de agricultores pobres.
As revelações demonstraram que suas terras aráveis no Brasil chegaram aos 256.324 hectares em 2015, ante 104.359 hectares em 2012, mais ou menos quando a empresa começou a expandir suas transações, conduzidas por meio de uma joint venture com a Cosan, gigante brasileira do açúcar e biocombustíveis. (Folhapress)
