Domingo, 02 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2021
A Gol vai comprar 28 aeronaves 737 MAX-8, da Boeing, dentro de um plano de ter economia operacional com jatos mais novos e um plano de financiamentos revisado, enquanto tenta otimizar para aliviar os efeitos devastadores da pandemia.
A empresa anunciou nesta terça-feira que as medidas devem reduzir em 8% seus custos unitários em 2022 e gerar cerca de 200 milhões de dólares em ganhos de capital e caixa.
Os novos jatos substituirão 23 unidades do modelo 737-800 NG até o fim do ano que vem. Com o acordos, a Gol prevê encerrar 2021 com 28 aeronaves 737 MAX 8 e, até o final de 2022, com 44 jatos 737 MAX, anunciou a companhia nesta terça-feira (3).
As aeronaves serão financiadas via 15 arrendamentos operacionais diretos, 9 “sale-leasebacks” e quatro arrendamentos financeiros, explicou a companhia em fato relevante.
Na semana passada, a Gol divulgou resultados do segundo trimestre substancialmente melhores do que em igual período de 2020, o pior momento da crise para as companhias aéreas, mas que sua operação permaneceu 67% abaixo dos níveis pré-pandemia.
Lucro líquido
A Gol reportou no último dia 29 lucro líquido de R$ 643 milhões para o segundo trimestre, apoiado em demanda mais elevada para voos domésticos em meio ao declínio nos casos de covid-19.
A receita mais do que dobrou em comparação com o mesmo período do ano passado, mas permaneceu 67% abaixo dos níveis pré-pandemia, de acordo com dados da companhia aérea.
A empresa reportou prejuízo líquido recorrente de R$ 1,2 bilhão, ante prejuízo de R$ 771,8 milhões um ano antes, enquanto o Ebitda recorrente ficou negativo em R$ 466,6 milhões, de um resultado negativo de R$ 282,5 milhões um ano antes.
Analistas do Credit Suisse observaram que a aérea divulgou resultados fracos com impacto de medidas de lockdown na demanda, mas que eram esperados.
A Gol também disse que agora espera que a receita da segunda metade do ano aumente em cerca de 85% ante mesmo período de 2020, versus previsão de 100% anteriormente, enquanto operará no final do período 102 aeronaves, de projeção anterior de 110.
Ainda assim, o Credit Suisse ressaltou que os números ainda indicam recuperação significativa no segundo semestre.
A companhia também previu encerrar os últimos seis meses do ano com R$ 4,2 bilhões em liquidez (versus R$ 4,5 bilhões na previsão anterior) e R$ 15,3 bilhões em dívida líquida ajustada (versus estimativa anterior de R$ 14,8 bilhões). As informações são da agência de notícias Reuters e da revista Forbes.