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Tecnologia Google e Microsoft mostraram caminhos diferentes para a inteligência artificial

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As empresas deram um grande impulso aos assistentes de IA que podem criar e testar software de forma autônoma

Foto: Reprodução
As empresas deram um grande impulso aos assistentes de IA que podem criar e testar software de forma autônoma. (Foto: Reprodução)

Recentemente, duas das maiores empresas de tecnologia realizaram conferências para seus exércitos de desenvolvedores. Embora as conferências Build, da Microsoft, e I/O, do Google, tenham sido todas sobre inteligência artificial (IA), as apresentações destacaram como os dois gigantes do setor estão buscando conquistar o mercado por meio de estratégias radicalmente diferentes.

Ambas as empresas deram um grande impulso aos assistentes de codificação de IA que podem criar e testar software de forma autônoma – com a Microsoft anunciando um novo recurso de programação autônoma para o GitHub Copilot, e o Google estreando seu agente de codificação, Jules. Mas, além dos agentes de programação, algumas diferenças importantes na ênfase apontaram para estratégias divergentes.

Na Build, a Microsoft deu uma ênfase muito maior em seus anúncios sobre ferramentas projetadas para ajudar os clientes corporativos a criar agentes de IA e fazer com que eles automatizem com sucesso os fluxos de trabalho.

Os anúncios da Microsoft foram sobre como permitir que os agentes usem ferramentas, fazer com que os agentes trabalhem com outros agentes e, principalmente, controlar quais dados os agentes de IA acessam. Esses aspectos são importantes para grandes empresas e governos.

Em um episódio que ressaltou esse ponto, no que pode ou não ter sido um deslize proposital, quando um manifestante pró-Palestina interrompeu uma sessão da Build sobre práticas de segurança na era da IA, Neta Haiby, chefe de segurança de IA da Microsoft, compartilhou por engano a tela de seu computador com a transmissão ao vivo da Build.

Ao fazer isso, ela revelou uma mensagem do Teams de um de seus colegas do negócio de nuvem da Microsoft. Nela, o funcionário da nuvem disse que o Walmart, que usa muitos aplicativos de IA no serviço de nuvem Azure, da Microsoft, estava planejando usar o recém-anunciado AI Gateway da Microsoft, que é uma camada de software que adiciona segurança e análise em torno de aplicativos de IA generativos, e seu novo produto Entra, que é uma ferramenta de gerenciamento de identidade para agentes de IA.

O funcionário citou um engenheiro de IA do Walmart dizendo que “a Microsoft está MUITO à frente do Google com segurança de IA”. A divulgação parecia completamente acidental – o Walmart ainda não anunciou o uso desses serviços da Microsoft – mas o fato é que ela reforçou perfeitamente a mensagem de marketing da Microsoft. Se foi um acidente, foi um acidente feliz para a Microsoft.

Até mesmo os aspectos mais voltados para o consumidor do que a Microsoft anunciou foram direcionados para clientes corporativos. Ela lançou um protocolo chamado NLWeb que facilita a configuração de um chatbot por qualquer site ou aplicativo, permitindo que um usuário faça consultas ao site em linguagem natural. Isso proporcionará uma melhor experiência de compra e de pesquisa para os consumidores, mas a ideia aqui é ajudar as empresas.

Compare isso com o que o Google anunciou no I/O. Aqui, a ênfase foi quase que inteiramente nos consumidores, não em grandes organizações. Tratava-se de usuários individuais da web e criadores de conteúdo individuais. A maior novidade foi a reformulação do principal produto de pesquisa do Google, com mais visões gerais de IA, que fornecem respostas resumidas às consultas, e também um novo “Modo de IA” que oferece uma experiência de IA mais nativa, semelhante à que os usuários obtêm com o ChatGPT, da OpenAI, usando os modelos de IA mais capazes do Google.

Ele também terá novos recursos que permitirão que os compradores experimentem roupas virtualmente enquanto fazem compras.

Outros anúncios do Google foram as novas ferramentas de IA geradoras de imagem, áudio e vídeo voltadas para consumidores em geral e criadores de mídia social. Isso faz sentido, já que o Google é proprietário do YouTube, pois as ferramentas facilitam a geração de conteúdo envolvente para os usuários.

O Google, por outro lado, está fazendo uma grande aposta com o lançamento de recursos de IA que podem canibalizar diretamente o modelo de negócios baseado em publicidade do qual ele depende há um quarto de século. A pesquisa representa 56% da receita do Google e a maior parte de seus lucros.

Se as pessoas clicarem em menos links com as visões gerais de IA, como sugerem estudos independentes, ou se o modo de IA oferecer muito menos oportunidades de links pagos, como também parece ser o caso, não está claro como o Google manterá suas receitas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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