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Brasil Governador de São Paulo esnoba Temer e não vai a evento com o prefeito paulistano

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Michel Temer durante evento com o prefeito de São Paulo, João Doria. (Foto: Reprodução)

Com a necessidade de restabelecer a aliança com o PSDB após apoio considerável do partido pelo prosseguimento da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção, o presidente Michel Temer participou nesta segunda-feira (07) de um evento na prefeitura de São Paulo marcado pela ausência de lideranças tucanas. O governador Geraldo Alckmin chegou a ter a participação anunciada, mas não apareceu, e cumpriu outros compromissos já previstos em sua agenda. Dos 12 deputados paulistas do PSDB, apenas Bruna Furlan, justamente a única do grupo que votou a favor de Temer na semana passada, compareceu.

A participação de Alckmin havia sido anunciada pela prefeitura na noite de domingo, quando divulgou a agenda do prefeito João Doria (PSDB). Porém, o governador não participou do evento com Temer e cumpriu os compromissos divulgados em sua agenda: um congresso sobre agronegócio e a assinatura de convênios entre a Univesp e prefeituras. O governador acabou representado pelo secretário da Casa Civil, Samuel Moreira.

Ao final do evento, em entrevista coletiva, Doria explicou a ausência do governador: “Continua e continuará muito boa a minha relação com ele. O governador entendeu, até por delicadeza, ele é tão grandioso na sua alma, que era o momento da prefeitura de São Paulo. Ontem à noite ao falar comigo, ele disse: o palco é seu, desfrute e apresente as suas propostas. Ele foi generoso”.

Na votação sobre a denúncia na semana passada, parlamentares ligados a Alckmin votaram contra Temer. No dia em que a acusação da PGR foi apreciada na Câmara, Alckmin voltou a dizer que “se dependesse dele, o PSDB não teria mais cargos no governo”.

Anfitrião de Temer nesta segunda-feira, Doria expressou uma posição diferente da de seu padrinho político: “O PSDB tem quatro ministros bons, que atuam no governo com muita destreza, são prestigiados, e, a meu ver, podem perfeitamente continuar o trabalho onde estão. O PSDB é um partido composto por boas cabeças, pessoas que emitem as suas opiniões, nem sempre coincidentes. Aliás, isso faz parte de um partido que advoga a democracia”.

Um dos ministros tucanos do governo, Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo, acompanhou Temer na viagem a São Paulo. Imbassahy faz parte da ala do PSDB que defende a permanência no governo. Na quarta-feira da semana passada, 22 deputados tucanos votaram contra o prosseguimento da tramitação da denúncia, 21 a favor e quatro não compareceram.

Temer precisa restabelecer as relações com o PSDB para ter os votos suficientes para aprovar as reformas. Para mudar as regras da Previdência, são necessários 308 votos na Câmara. Antes do evento, Doria se reuniu com Temer, Imbassahy e com os outros ministros presentes: Torquato Jardim (Justiça), Raul Jungmann (Defesa) e Mendonça Filho (Educação).

“Tratamos apenas de questão administrativas”, afirmou o prefeito, negando que ter discutido a conjuntura política com o presidente e seus auxiliares.

Indagado se sentiu confortável em ser elogiado por Temer no momento em que o governo federal e o PSDB se desentendem, Doria respondeu: “Espero que o Brasil possa ter serenidade e equilíbrio. O confronto e as situações extremadas não contribuem para o Brasil. Não contribuem para a economia brasileira e para a confiança dos mercados”.

Sem Alckmin, coube a Doria afagar Temer durante a cerimônia. “É na base da conciliação que nós vamos fazer um novo Brasil – disse o prefeito, ao assinar o termo de cessão da área para a prefeitura.”

Temer e Doria anunciaram que a União cederá ao município uma área de 400 mil metros quadrados do terreno que hoje faz parte do aeroporto do Campo de Marte. No local, a prefeitura construirá um parque.

A disputa pela área do Campo de Marte teve início em 1932, quando tropas paulistas se insurgiram contra o governo do então presidente Getúlio Vargas. Com a derrota de São Paulo, a área, onde já funcionava um aeroporto, passou a ser controlada pelo governo federal. (O Globo)

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