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Brasil O governador do Rio de Janeiro foi preso pela Polícia Federal por causa de 39 milhões de reais em propinas

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Pedido de prisão havia sido feito pela Procuradoria-Geral da República. (Foto: Reprodução)

Na manhã dessa quinta-feira, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), foi preso pela PF (Polícia Federal) no Palácio Laranjeiras, na capital fluminense, em um desdobramento da Operação Lava-Jato no Estado. Ele é suspeito de ter participado do esquema de corrupção liderado pelo seu antecessor, Sérgio Cabral, preso desde novembro de 2016.

A Operação Boca de Lobo, deflagrada pela PF (Polícia Federal), é baseada na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro de Sérgio Cabral, que também está preso. Segundo a PF, a Operação Boca de Lobo investiga os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, cometidos pela alta cúpula da administração do governo do Estado.

Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), Pezão chegou a operarar um esquema próprio de corrupção e recebeu pelo menos R$ 39 milhões (em valores atualizados) em propinas no período entre entre 2007 e 2015. O pedido de prisão partiu da procuradora Raquel Dodge:

“Ficou demonstrado que, apesar de ter sido homem de confiança de Sérgio Cabral [ex-governador preso desde 2016] e assumido papel fundamental naquela organização criminosa, inclusive sucedendo-o na sua liderança, Luiz Fernando Pezão operou esquema de corrupção próprio, com seus próprios operadores financeiros”.

Pezão é o quarto ocupante do Palácio Guanabara a ser preso. Antes dele foram alvo Cabral e os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho – os dois últimos por ações sem relação com a Lava-Jato, mas com a Justiça eleitoral. A Polícia Federal cumpriu ainda 30 mandados de busca e apreensão. Um deles foi na casa de Pezão em Piraí, no Sul do Rio de Janeiro.

Os alvos dos outros mandados de prisão são: José Iran Peixoto Júnior, secretário de Obras de Pezão; Affonso Henriques Monnerat Alves da Cruz, secretário de Governo de Pezão; Luiz Carlos Vidal Barroso, servidor da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico; Marcelo Santos Amorim, sobrinho do governador; Cláudio Fernandes Vidal, sócio da JRO Pavimentação; Luiz Alberto Gomes Gonçalves, sócio da JRO Pavimentação; Luis Fernando Craveiro de Amorim, sócio da High Control; e César Augusto Craveiro de Amorim, sócio da High Control.

Esquema

Pezão foi apontado pelo economista Carlos Miranda, delator que afirma ter sido o gerente da propina de Cabral, como beneficiário de uma mesada de R$ 150 mil durante a gestão do ex-governador (2007 a 2014). Segundo o relato de Miranda, o atual governador passou a pagar R$ 400 mil a Cabral quando assumiu o cargo em abril de 2014, após a renúncia do aliado.

Pezão vem sendo citado nas investigações sobre Cabral desde o ano passado. Referências a “Big foot”, “Pé” e outros apelidos similares foram encontradas nas anotações de Luiz Carlos Bezerra, espécie de carregador de mala de Miranda a partir de 2010.

O governador sempre negou as citações ao seu nome. “Pezão repudia com veemência essas mentiras. Ele reafirma que jamais recebeu recursos ilícitos e já teve sua vida amplamente investigada pela Polícia Federal”, afirmou nota distribuída pelo Palácio Guanabara há duas semanas.

De acordo com Miranda, além da mesada, Pezão recebeu “prêmios” ao final de alguns anos. Em 2008, por exemplo, o atual governador teria sido destinatário de R$ 1 milhão do esquema de Cabral.

Em delação, o economista diz que o governador pediu para que o dinheiro fosse entregue a um dos sócios da JRO Pavimentação. A empresa pertence a Cláudio Fernandes Vidal, que transferiu sua sede para Piraí em 2005 após aproximação com Pezão. Os dois ficaram amigos e se encontravam frequentemente.

Outro suposto recebedor de propina para o governador era o ex-subsecretário de Comunicação Social da gestão Pezão, segundo Miranda. Marcelo Santos Amorim, ou Marcelinho, também recebeu recursos destinados ao emedebista. O suspeito é casado com uma sobrinha do político.

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