Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 12 de junho de 2025
Ao participar da edição de 2025 da feira Construa Sul, em Curitiba (PR), o governador gaúcho Eduardo Leite reafirmou nesta semana o potencial do Rio Grande do Sul para investimentos em infraestrutura e construção civil. A manifestação foi feita durante painel com as presenças dos colegas Jorginho Mello, de Santa Catarina, e Ratinho Junior, do Paraná.
No foco do encontro estava a promoção da Região Sul como destino estratégico para investimentos na construção civil. Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR), o evento celebrou os 81 anos da entidade paranaense e reuniu mais de 500 empresários, autoridades e especialistas.
A mediação foi do jornalista Carlos Tramontina. Em sua apresentação, Leite defendeu a valorização da Região Sul, que reúne 14% da população brasileira, mas responde por 17% do PIB nacional e 20% da produção industrial – mesmo sem contar com os incentivos e fundos constitucionais destinados a outras regiões do País:
“Essa realidade se dá com o esforço e o trabalho próprio aqui da região. Isso tem que ser valorizado, exaltado, mas também tem que ser motivo de luta em Brasília para que se corrija essa distorção”.
Reequilíbrio e investimentos
Ao destacar os avanços do Rio Grande do Sul, Leite reforçou a transformação do Estado a partir de uma ampla agenda de reformas. “Não há sociedade próspera com governo desajustado”, afirmou, ao lembrar que o RS enfrentava salários atrasados e serviços públicos colapsados.
“Fizemos reformas administrativa e previdenciária profundas, com redução de vantagens salariais, reforma tributária, teto de gastos, privatizações e adesão ao Regime de Recuperação Fiscal”, listou o governador.
Como resultado, o Estado reduziu seu déficit previdenciário, zerou a dívida histórica do Caixa Único e aumentou sua capacidade de investimento para 10% da Receita Corrente Líquida – a maior marca em décadas.
“O ajuste fiscal permite a gente ser mais ousado em investimentos onde o Estado deve estar presente. Somos o primeiro governo, em muitas décadas, que consegue aumentar o efetivo da segurança pública e reduzir homicídios, roubos e latrocínios com base em dados e estrutura”, ressaltou.
Incentivos e parcerias
Leite destacou o fato de o Rio Grande do Sul possuir R$ 46 bilhões em investimentos contratados por meio de concessões e privatizações, além de R$ 16 bilhões em novos projetos em estrutura logística, energia, saneamento e mobilidade. Parte expressiva desses investimentos movimenta diretamente a cadeia da construção civil.
O Estado implementou, ainda, uma série de medidas tributárias favoráveis ao setor: “Conseguimos ser mais ousados em benefícios tributários para setores importantes como a construção civil. Reduzimos base de cálculo de ICMS, ampliamos o crédito presumido para componentes e estruturamos incentivos que aumentam a competitividade da indústria”.
Plano Rio Grande
Um dos eixos da fala do governador foi o Plano Rio Grande, que reúne mais de R$ 7 bilhões em investimentos já direcionados à reconstrução do Estado. Leite destacou o papel da construção civil na recuperação de estradas, desassoreamento de rios, implantação de sistemas de proteção contra cheias e na construção de milhares de moradias:
“A construção civil é parte estratégica da nossa reconstrução. Nossa Estratégia Integrada de Habitação prevê a construção de mais de 10 mil moradias no Rio Grande do Sul. E também temos um programa habitacional, o Porta de Entrada, que apoia diretamente as famílias com recursos para entrada de imóveis, o que ajuda a fomentar a demanda do setor”.
Leite também fez questão de prestar agradecimento ao apoio recebido dos Estados vizinhos durante as enchentes históricas de 2024: “Fundamental fazer um agradecimento por toda a mobilização que se fez em favor do Rio Grande do Sul. Muito, muito obrigado, em nome do povo gaúcho, por toda a movimentação, a mobilização que se fez em direção ao nosso Estado”.
(Marcello Campos)
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