Por Redação O Sul | 26 de dezembro de 2022
Cerca de 130 migrantes recém-chegados aos Estados Unidos foram deixados perto da casa da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, em Washington, no domingo (25), informou a agência de notícias Associated Press.
O grupo estava em três ônibus que foram enviados ao local pelo governo do Texas, segundo afirmaram coordenadores de organizações de ajuda humanitária que acompanhavam os passageiros.
O estado do sul dos Estados Unidos é comandado por um governo republicano, contrário às políticas para migrantes defendidas pelo governo do país, democrata. Segundo as autoridades, se sabe que:
– Os migrantes haviam chegado recentemente ao Texas pela fronteira com o México;
– O governo texano não confirmou o envolvimento no destino dos ônibus, que, originalmente, deveriam levar os migrantes a abrigos no estado de Nova York;
– A viagem, que deveria acontecer apenas no domingo, foi adianta para sábado, segundo a diretora-gerente da organização SAMU First Response, que recebeu os migrantes e os destinou aos abrigos;
– Entre os passageiros, havia crianças pequenas.
O grupo desembarcou em meio a um frio recorde para a noite de Natal – de -9ºC, segundo o jornal “The Washington Post”, e alguns usavam apenas camisetas.
Uma rede de restaurantes da capital dos Estados Unidos doou jantar e café da manhã para o grupo.
Nas últimas semanas, o estado do Texas tem recebido novas levas de migrantes vindos do México e transportado as pessoas a Washington, Nova York, Chicago e Filadélfia – segundo o governo local, mais de 15.000 pessoas foram levadas para essas cidades só na última semana.
O governador do Texas, Greg Abbott, é um forte crítico da forma com que o presidente dos EUA, Joe Biden, lida com migrantes que chegam aos Estados Unidos pela fronteira com o México – muitos deles em busca de asilo.
Os republicanos argumentam que Biden e Harris relaxaram as restrições que induziram muitas pessoas a deixar seus países de origem.
O porta-voz da Casa Branca, Abdullah Hasan, chamou os desembarques de ônibus de “truque cruel, perigoso e vergonhoso”. As informações são do portal de notícias G1.
