Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de janeiro de 2021
Governadores de diferentes estados se reuniram por teleconferência, nesta terça-feira (5), com o secretário de vigilância do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, para cobrar um plano, um cronograma de vacinação contra a covid-19 para todo o País.
Contudo, não obtiveram uma data após a conversa.
A informação foi dada pelo governador do Piauí, Wellington Dias.
“Nossa expectativa era de que houvesse alguma definição. A reunião foi até estressante. Cobramos uma data e não nos foi fornecida. Quando chegam os insumos? Quando começa a vacinação? O secretário disse que iria levar nossa demanda ao ministro Pazuello”.
Além de Dias, participaram da reunião Ronaldo Caiado (Goiás), Helder Barbalho (Pará), Waldez Goes (Amapá) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul).
Wellington Dias disse que propôs para a próxima segunda-feira (11) uma agenda conjunta entre os três Poderes – cúpula do Congresso, do STF e o ministério da Saúde – para discutir com as fabricantes e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um calendário nacional de vacinação. “O Brasil está ficando no final da fila. Há um atraso inexplicável”.
Ele disse que conversou pela manhã com o governador João Doria (São Paulo) e que o plano para o início da vacinação no Estado de São Paulo está mantido para o dia 25 de janeiro.
Importação
O Ministério das Relações Exteriores informou que está confirmada a importação pelo Brasil de 2 milhões de doses da chamada vacina de Oxford produzidas na Índia.
Ainda de acordo com o Itamaraty, as doses começam a chegar ao Brasil ainda neste mês de janeiro. A importação, pela Fiocruz, foi autorizada pela Anvisa, mas ainda não há autorização para aplicação na população.
“Está confirmada a importação de 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford produzidas na Índia, com data provável de entrega a partir de meados do corrente mês de janeiro”, informou o ministério em resposta a questionamento da TV Globo.
O Itamaraty iniciou negociações após o instituto indiano Serum, responsável pela produção das 2 milhões de doses, informar, na segunda (4), que o governo da Índia havia proibido as exportações da vacina.
Na segunda (4), Adan Poonawalla, presidente do instituto Serum, responsável por fornecer as 2 milhões de doses para o Brasil, havia dito que o governo indiano não iria permitir a exportação da vacina de Oxford produzida no país.
O comunicado de Poonawalla ocorreu um dia depois de a Fiocruz anunciar contrato com o Serum para compra e fornecimento das doses, com a chegada dos primeiros insumos de produção ainda neste mês. A Fiocruz é o fabricante brasileiro da vacina de Oxford.
O Itamaraty, então, entrou em negociação com o governo da Índia para garantir a entrega ao Brasil das doses prontas da Serum.