Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de dezembro de 2021
Depois da vitória, agora garantida pelo Supremo, na adoção do passaporte da vacina em todo o País, os Estados já têm nova prioridade para a virada de ano no combate à pandemia da covid-19.
Além de reforçar a necessidade da vacinação (ciclo completo), o Fórum de Governadores iniciou conversas com o Ministério da Saúde e com a Anvisa para tentar agilizar testes no Brasil e obter autorização para uso emergencial dos medicamentos paxlovid (Pfizer) e molnupiravir (MSD), que têm tido resultados animadores em pesquisas no exterior para o tratamento da doença.
O grupo tratou recentemente do tema com o Conselho Nacional de Saúde e tem a Fiocruz como parceira na empreitada.
A prevalência do bom senso e do respeito à ciência, a despeito das orientações vindas do governo federal, tem deixado governadores à vontade para, cada vez mais sem cerimônia, assumirem as rédeas no combate à pandemia da covid-19 no País.
Do governador Wellington Dias (PT-PI), coordenador do fórum: “O Ministério da Saúde precisa ser proativo, não esperar iniciativa de laboratórios, garantir orientações e regras de prevenção, imunização e abrir caminho para usar medicamentos eficientes contra a covid-19”.
Os Estados discutirão ações e medidas para tentar fazer voltar a um nível elevado a vacinação contra outras doenças, como varíola, poliomielite, H1N1 e influenza. O País não atingiu as últimas metas de cobertura de vacinas infantis disponíveis no Plano Nacional de Imunização (PNI).
Aprovação na Europa
A EMA (Agência Europeia de Medicamentos) anunciou, nesta quinta-feira (16), a aprovação da pílula anti-covid-19 da Pfizer para uso de emergência na União Europeia (UE).
“O fármaco, que ainda não está autorizado na UE, pode ser usado para tratar os adultos com covid-19 que não precisem de oxigênio suplementar e que têm um maior risco de desenvolver uma forma grave da doença”, disse a EMA em um comunicado.
Em novembro, foram anunciados resultados animadores do tratamento oral, que é utilizado assim que surgem os primeiros sintomas da covid-19, com o objetivo de evitar formas graves da doença.
Na ocasião, a Pfizer divulgou resultados de redução de quase 90% das hospitalizações de quem utilizou o tratamento, que atua para reduzir a capacidade de replicação do vírus e, assim, desacelerar a progressão a doença.