Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2016
Comprar dólar em espécie e outras moedas estrangeiras nos bancos terá uma tributação maior. Um decreto presidencial elevou de 0,38% para 1,1% a alíquota do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) cobrado na aquisição da moeda norte-americana. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (02).
No fim de 2013, o governo anunciou que o IOF incidente nos pagamentos em moeda estrangeira feitas com cartão de débito, saques em moeda estrangeira no exterior, compras de cheques de viagem (traveller checks) e carregamento de cartões pré-pagos com moeda estrangeira ficaram sujeitos a uma alíquota de 6,38% – que já valia para cartões de crédito desde março de 2011.
A única modalidade que havia permanecido com uma alíquota do IOF reduzida, de 0,38%, havia sido justamente a compra de dólar em espécie. No começo deste ano, o governo elevou o Imposto de Renda sobre remessas ao exterior de zero para 25% para o pagamento de serviços para gastos pessoais, o que encareceu pacotes de turismo comprados em agências de viagens.
Gastos no exterior em queda
O aumento do IOF para compra de dólar em espécia acontece em um momento de forte queda de gastos de brasileiros no exterior – consequência da recessão da economia brasileira, que eleva o desemprego e diminui a renda dos trabalhadores – e também da alta do dólar, que encarece esses gastos lá fora.
Segundo números do Banco Central, os gastos de brasileiros no exterior somaram US$ 2,97 bilhões no primeiro trimestre deste ano, contra US$ 5,23 bilhão no mesmo período do ano passado. A queda nos gastos foi de 43,2%. De acordo com a instituição, também foi o menor valor para o primeiro trimestre desde 2009. (AG)