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Brasil Temer começa a demitir os aliados dos parlamentares que votaram contra ele na Câmara dos Deputados

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Fontes do Palácio do Planalto confirmaram a retaliação. (Foto: José Cruz / Agência Brasil)

Fontes ligadas ao Palácio do Planalto confirmaram a retaliação do governo federal aos parlamentares da base aliada que, na última quarta-feira, posicionaram-se contra o arquivamento da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, encaminhada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) para que o Legislativo autorizasse o julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O governo conseguiu rejeitar o documento no plenário da Câmara dos Deputados, mas 89 parlamentares de partidos governistas votaram contra o presidente.

Nessa sexta-feira, menos de 48 horas após a sessão no Legislativo, foram exonerados diversos apadrinhados de quem passou a ser visto como “traidor”. A portaria com as demissões foi publicada no Diário Oficial da União e inclui o engenheiro Vissilar Pretto, superintendente do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em Santa Catarina, afastado como punição ao deputado Jorginho Mello (PR-SC). Pretto ocupava o comando do órgão desde abril de 2014.

Dos 39 deputados do partido, nove votaram contra Temer. A legenda comanda o Ministério dos Transportes e rifou as superintendências regionais do Dnit entre os seus parlamentares. O órgão comanda a realização de obras em estradas, consideradas um ativo eleitoral importante para muitos políticos. Mello é o único deputado do PR em Santa Catarina. Ele participava de inaugurações e vistorias ao lado de Pretto, além de divulgar notícias que vinculavam o seu nome às ações do Dnit no Estado.

Agora, a cúpula do partido pressiona o governo a afastar outros aliados de deputados que “deram as costas” a Temer no plenário, para que os cargos possam ser distribuídos a parlamentares “fiéis”. Uma das vagas em questão é a diretoria de Administração e Finanças do Dnit, cujo atual ocupante foi indicado pelo deputado Wellington Roberto (PR-PB), que também votou contra Temer.

Centrão

Os partidos da base aliada de Temer que votaram em massa a favor do presidente aumentaram a pressão por cargos ocupados pelos chamados infiéis. Eles ameaçam travar a discussão da reforma da Previdência e até retirar apoio ao presidente na votação de uma provável segunda denúncia apresentada pela PGR. O principal alvo das reclamações é o PSDB, que ocupa quatro ministérios e cargos em escalões inferiores, mas entregou menos da metade de seus 46 votos a favor de Temer.

Horas depois da vitória do governo na Câmara, dirigentes do PMDB – partido do presidente – e de siglas do chamado “Centrão” (grupo fisiológico que age conforme o “vento” governista e que ganhou força desde que o deputado afastado Eduardo Cunha começou a comandá-lo, em 2012) mandaram recados ao Palácio do Planalto: eles querem uma recompensa imediata pela fidelidade demonstrada no placar de 263 votos.

Além do PMDB, o bloco formado por PP, PR, PSD, PTB, PRB e outras legendas reclama de “sinais trocados” enviados pelo Planalto nos últimos dias, supostamente demonstrando um recuo nas promessas de reorganização dos cargos ocupados pela base de apoio ao Executivo no Congresso Nacional.

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https://www.osul.com.br/governo-comeca-demitir-aliados-de-deputados-infieis/ Temer começa a demitir os aliados dos parlamentares que votaram contra ele na Câmara dos Deputados 2017-08-04
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