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Política Governo decide transferir seu serviço secreto para a Casa Civil

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A Abin foi criada, por lei, em 1999, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. (Foto: ABIN/Divulgação)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva bateu o martelo sobre o destino da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), alvo de preocupação e críticas no Palácio do Planalto após os atentados extremistas de janeiro que culminaram com a invasão e depredação da sede dos três poderes.

O órgão vai ficar sob o guarda-chuva da Casa Civil, ministério comandado pelo ex-governador da Bahia Rui Costa, homem de confiança de Lula que, assim como o presidente, despacha diariamente no Palácio do Planalto.

Segundo integrantes do governo ouvidos reservadamente pela reportagem, um motivo foi decisivo para abrigar a Abin dentro da Casa Civil, e não no Ministério da Justiça, como chegou a ser discutido.

“Colocar a Abin sob o comando da Justiça poderia dar um choque”, disse um influente ministro de Lula. Isso porque a pasta já conta com os serviços de “inteligência” de outro órgão estratégico para apurações – a Polícia Federal.

Além disso, deixar a Abin com o Ministério da Justiça aumentaria ainda mais o poder e a esfera de influência do ministro Flávio Dino (PSB), que ganhou protagonismo no governo após os ataques.

Conforme informou a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, Lula se reuniu na quinta-feira passada (2), com o delegado aposentado da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa, que deve assumir a chefia da agência.

A Abin esteve tradicionalmente vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. A agência define sua missão como “antecipar fatos e situações que possam impactar a segurança da sociedade e do Estado brasileiros”.

Em 2015, no governo Dilma Rousseff, a petista promoveu uma reforma administrativa que realocou a agência na Secretaria de Governo. Após o impeachment e com a chegada de Michel Temer à Presidência, a Abin voltou para o GSI.

A agência se tornou alvo de críticas de Lula após os atentados de 8 de janeiro, quando as forças de segurança foram omissas e até coniventes diante da invasão do Congresso, do Supremo e do Planalto.

“Aqui nós temos inteligência do Exército, do GSI, da Abin, da Marinha, da Aeronáutica… a verdade é que nenhuma dessas inteligências serviu para avisar ao presidente da República que poderia ter acontecido isso. Se eu soubesse que viriam oito mil pessoas aqui, eu não teria saído de Brasília”, disse Lula, em entrevista à Globonews.

O órgão voltou ao centro do noticiário político após o senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmar que participou de reunião com Bolsonaro e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) para discutir um plano golpista para grampear o ministro Alexandre de Moraes e tentar impedir a posse de Lula.

Após as suspeitas lançadas por Do Val, a Abin soltou nota dizendo que “não está absolutamente envolvida em qualquer iniciativa relacionada à possibilidade de gravação de conversas de ministro do Supremo Tribunal Federal”.

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