Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 10 de julho de 2021
Em reunião na Casa Civil, no Palácio Piratini, foi definida a criação de um grupo de trabalho para debater o projeto de privatização da Corsan nos municípios gaúchos. O anúncio foi feito pelo secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior, e pelo presidente da Federação das Associações de Municípios (Famurs), Eduardo Bonotto, que também é prefeito de São Borja.
O grupo de trabalho será composto por Famurs, Corsan e governo do Estado. O secretário Artur Lemos ressaltou a importância da criação do espaço para debates. “Será um ótimo canal de diálogo com prefeitos e presidentes das associações regionais. Aproveito para desejar uma ótima gestão ao novo presidente da Famurs, Eduardo Bonotto. Tenho certeza que o governo do Estado e a federação serão parceiros em diversas pautas e projetos que melhorem a vida dos gaúchos”, afirmou.
A criação do grupo de trabalho é resultado de pedido feito pelo presidente da entidade ao governador Eduardo Leite na ocasião da posse da nova diretoria da Famurs, em Porto Alegre. Na reunião na Casa Civil, Bonotto destacou a rapidez com que o governo atendeu a sugestão. “Na posse, comentei em rápida conversa com o governador Leite sobre a criação de um grupo de trabalho. Em menos de 24 horas, o governo atendeu nosso pedido. Assim, já vamos começar os trabalhos nas próximas semanas”, afirmou o novo presidente da entidade.
Na posse do prefeito Bonotto na presidência da Famurs, o governador falou em seu pronunciamento para os prefeitos sobre a privatização da Corsan. Leite disse que a companhia dificilmente conseguirá cumprir as metas de esgoto tratado até 2033, estipulado pelo novo Marco Regulatório do Saneamento. Disse ainda que, mesmo praticando a tarifa mais alta do Brasil, não consegue superar os 17% de coleta e tratamento de esgoto nos municípios que atende. E que para chegar à meta, teria de investir R$ 1 bilhão ao ano.
“O ano passado foi o ano de maior investimento da companhia e foram cerca de R$ 300 milhões. Além disso, estão esgotadas as possibilidades de financiamento, especialmente em bancos públicos, uma vez que a própria lei do novo marco regulatório restringe a possibilidade de financiamento das companhias públicas”, disse o governador.
Atualmente, 316 municípios gaúchos têm serviços de saneamento prestados pela Corsan.
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